Banco Central divulga resultado final de provas discursivas

O Banco Central (BC) está convocando os candidatos de seu concurso que concorrem a vagas destinadas a pessoas com deficiência para sindicância da vida pregressa e avaliação biopsicossocial. A instituição também está chamando os concorrentes autodeclarados negros para o procedimento de heteroidentificação complementar.

A autoridade monetária ainda divulgou o resultado final das provas discursivas do concurso que visa ao preenchimento de cem vagas imediatas e à formação de cadastro de reserva no cargo de analista, nas áreas de Economia e Finanças ou Tecnologia da Informação. O salário pode chegar a R$ 20.924,80.

A listagem publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (dia 23) segue a seguinte ordem: cargo/área, número de inscrição, nome do candidato em ordem alfabética, nota final na prova discursiva (P3), nota final na prova discursiva (P4) e nota final nas provas discursivas.

Cronograma

A partir de agora, os candidatos convocados devem observar o cronograma divulgado no edital para não perderem os prazos de apresentação de documentos para avaliação da vida pregressa e avaliação biopsicossocial (pessoas com deficiência) e procedimento de heteroidentificação (candidatos negros).

Os locais, os horários e os dias para o comparecimento estão no endereço eletrônico.

No caso de deficiência auditiva o candidato deve apresentar, além do laudo médico ou do laudo caracterizador de deficiência, audiomietria (original ou cópia autenticada em cartório) feito em no máximo 36 meses anteriores ao último dia de inscrição no concurso.

Em todos os casos, não haverá segunda chamada. Quem perder o prazo será eliminado.

Como proceder

Para a sindicância de vida pregressa, o candidato com deficiência tem das 10h desta segunda-feira (dia 23 de setembro) até as 18h do dia 2 de outubro para preencher a Ficha de Informações Confidenciais (FIC), de acordo com o modelo apresentado no site. Será preciso enviar, via upload, a imagem legível da documentação.

A partir do dia 24 de setembro, quem está na listagem para fazer a avaliação biopsicossocial (pessoas com deficiência) e o procedimento de heteroidentificação complementar (candidatos negros) deverão acessar o site para confirmar dia, horário e local para se apresentar e entregar a documentação exigida.

O resultado provisório das avaliações de vida pregressa, biopsicossocial e de heteroidentificação será publicado no Diário Oficial da União na data provável de 30 de outubro.

Mais recente Próxima Bancas de concurso dizem estar prontas para aplicar provas on-line de acordo nova lei das seleções federais

Entenda por que Lady Gaga nunca respondeu aos rumores de que seria um homem

Lady Gaga recentemente revelou por que escolheu não responder a um rumor persistente no início de sua carreira, que sugeria que ela era, na verdade, um homem. A cantora de 38 anos, cujo nome verdadeiro é Stefani Germanotta, falou sobre o boato que marcou os primeiros anos de sua trajetória musical.

“Estou acostumada com mentiras sendo publicadas sobre mim desde os meus 20 anos”, compartilhou Lady Gaga na série da Netflix, What’s Next? The Future With Bill Gates. “Eu sou uma artista. Acho isso meio engraçado. Quando eu tinha 20 e poucos anos, surgiu um boato de que eu era um homem,” disse ela.

Esse rumor surgiu depois que uma imagem adulterada foi divulgada na Internet, e acabou seguindo Lady Gaga por todo o mundo enquanto ela promovia sua música. “Quase em todas as entrevistas que eu dava”, relembrou ela, “me perguntavam: ‘Há um rumor de que você é um homem. O que você tem a dizer sobre isso?’”

No entanto, a vencedora do Grammy decidiu ignorar as especulações, recusando-se a fazer qualquer declaração sobre a veracidade dos boatos. Na série, ela explicou: “A razão pela qual não respondi à pergunta é porque não me senti vítima dessa mentira”, explicou ela. E continuou: “Mas pensei: ‘E quanto a uma criança que está sendo acusada disso, quem imaginaria que uma figura pública como eu sentiria vergonha?”

Lady Gaga também destacou que, em certas situações, corrigir um rumor não é o mais importante para o bem-estar dos outros. “Tentei ser instigante e perturbadora de outras formas. Usei a desinformação para criar outro ponto de reflexão,” finalizou.

Embora ela não comente sobre todos os rumores, em junho, Lady Gaga respondeu com humor a especulações de que estaria grávida de seu primeiro filho com o noivo Michael Polansky. “Não estou grávida“, escreveu Lady Gaga em um clipe postado em seu TikTok em 4 de junho, antes de brincar: “Só estou chorando muito na academia”.

@ladygagaregister to vote or check if you’re registered EASILY at www.headcount.org

? I AM THE AESTHETIC _yaesthetician – yas

E, fiel ao estilo Lady Gaga, ela aproveitou a oportunidade para chamar atenção a causas que considera mais urgentes, compartilhando um link para “registrar-se para votar”.

Pai de Lady Gaga apoiou Donald Trump na televisão

Lady Gaga pode enfrentar problemas com a família após a recente manifestação política de seu pai, Joe Germanotta, que declarou publicamente apoio a Donald Trump. Embora Lady Gaga seja conhecida por suas visões progressistas e apoio ao Partido Democrata, Joe, dono de um renomado restaurante de Nova Iorque, apareceu no canal americano Fox News para falar sobre o ex-presidente Donald Trump, chamando-o de “puro” e “patriota”. Essa declaração pode criar uma tensão familiar, já que Lady Gaga, que se apresentou na posse de Joe Biden em 2021, e tem mostrado inclinação pelo outro lado do campo político.

Durante sua entrevista, Joe Germanotta não apenas expressou apoio a Trump, mas também criticou Kamala Harris, mencionando dificuldades para entender suas propostas econômicas, particularmente o conceito de “economia de oportunidade”. Ele argumentou que as pessoas já têm acesso a oportunidades nos Estados Unidos e associou os problemas enfrentados por seu restaurante ao influxo de imigrantes na cidade, criticando as fronteiras desprotegidas como fator de declínio na frequência de clientes.

O contraste político entre Lady Gaga e seu pai já era evidente antes, quando a cantora apoiou abertamente a candidatura de Joe Biden em 2020, além de curtir publicamente uma postagem de Taylor Swift apoiando Kamala Harris. Enquanto Joe reforça seu alinhamento com Trump, até o momento Lady Gaga não comentou sobre as declarações de seu pai ou sobre a possível tensão política dentro de sua família.

Joe Germanotta finalizou sua entrevista reafirmando seu apoio às políticas de Trump e agradecendo a uma figura pública conhecida por defender a liberdade de expressão, embora não tenha revelado nomes.

Fernanda Frühauf – Supervisionada por Marcelo de Assis

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Queimadas: ‘Dino só reafirmou o que está na Constituição. O crédito extraordinário é precisamente para essas ocasiões’, diz Salto

A decisão do ministro Flávio Dino, que autoriza governo federal a emitir créditos extraordinários fora da meta fiscal para combater as queimadas Brasil afora é correta e nada tem a ver com contabilidade criativa ou piora fiscal. A análise é de Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos e ex-Secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo.

– Dino só reafirmou o que está na Constituição. O crédito extraordinário é precisamente para essas ocasiões.

Na visão de Salto, o ministro disse o óbvio: “nos casos de queimadas, que representam uma situação de calamidade e urgência, pode-se usar o crédito extraordinário e ele será apartado das regras fiscais (teto e meta de primário)”. A Constituição prevê o mecanismo no seu artigo 167, lembra. Ele pondera que é preciso separar o joio do trigo:

– A tentativa de desvio do Orçamento com o vale gás, sim, é uma contabilidade criativa. Fere todos os princípios e legislações de responsabilidade fiscal. A decisão do ministro Flávio Dino sobre queimadas e uso de crédito extraordinário, não.

Salto diz que os eventos climáticos precisam estar no Orçamento. “A previsão de espaço fiscal para contingências e imprevistos tem de ser debatida a sério” diz o economista. O ex-secretário de Fazenda de São Paulo, lembra que o Orçamento de 2025 tem uma reserva de contingência de quase R$ 40 bilhões, montante irá para as emendas parlamentares, diz. O economista defende que seria o caso de reformular esse conceito e prever uma reserva que, efetivamente, funcionasse como um recurso orçamentário para uso emergencial.

Ele destaca que independentemente dos desafios fiscais, que são muitos, a decisão do de Dino é correta. Mas acrescenta que se espera que esses gastos extraordinários sejam compensados com maior esforço fiscal em outras rubricas. Na sua avaliação, isso não aconteceu em relação os créditos emitidos para atender a tragédia do Rio Grande do Sul.

O presidente Lula convocou uma reunião para esta segunda-feira com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e integrantes do núcleo de governo para discutirem novas ações de combate às queimadas que já afetam mais de 60% do território brasileiro.

Como Rússia, Ucrânia, China e outros atores globais avaliam o que Kamala e Trump disseram no debate

O primeiro confronto entre Kamala Harris e Donald Trump foi acompanhado de perto não apenas nos EUA, mas em todo o mundo.

O debate na Filadélfia, na terça-feira (10/9), contou com algumas discussões tensas sobre política externa entre os dois candidatos à presidência.

De Pequim, na China, a Budapeste, na Hungria, veja como o debate foi recebido, segundo correspondentes internacionais da BBC.

Menções a Putin observadas pelo Kremlin

Steve Rosenberg, Editor de Rússia, em Moscou

Kamala Harris disse a Donald Trump que o presidente Putin é “um ditador que would eat you for lunch” (expressão em inglês que, literalmente, pode ser traduzida como ‘comeria você no almoço’ e significa algo como ‘acabaria com você’)

A expressão também não existe em russo. Mas algo que se encontra em Moscou é o interesse por um resultado das eleições nos EUA que beneficie a Rússia.

O Kremlin, sede do governo russo, deve ter notado (com prazer) que, no debate, Trump evitou a pergunta sobre se ele queria que a Ucrânia ganhasse a guerra.

“Eu quero que a guerra pare”, respondeu Trump.

Em contraste, Kamala Harris falou sobre a “justa defesa” da Ucrânia e acusou Vladimir Putin de estar “de olho no resto da Europa”.

Mais tarde, o Kremlin afirmou estar incomodado com todas as menções a Putin no debate.

“O nome de Putin é usado como um dos instrumentos da batalha interna nos EUA”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

“Não gostamos disso e esperamos que deixem de usar o nome de nosso presidente.”

Na semana passada, Putin afirmou estar apoiando Kamala nas eleições e elogiou sua “risada contagiante”.

Mais tarde, um apresentador da TV estatal russa esclareceu que Putin estava sendo “um pouco irônico” em seus comentários.

O apresentador desdenhou das habilidades políticas de Kamala e sugeriu que ela se sairia melhor apresentando um programa de culinária na TV.

Fico me perguntando: será que o programa apresentaria “ditadores” comendo candidatos presidenciais dos EUA “no almoço”…?

Preocupação em Kiev com comentários de Trump

Nick Beake, Correspondente em Kiev

A “saída pela tangente” de Donald Trump ao ser questionado no debate sobre se ele queria que a Ucrânia vencesse a guerra pode não ter surpreendido as pessoas aqui, mas aumenta a preocupação sobre o que um segundo mandato de Trump traria.

Trump há muito se gaba de que poderia acabar com o conflito em 24 horas, algo que muitos ucranianos presumem que significaria um acordo terrivelmente desfavorável, com Kiev tendo que ceder grandes áreas de terra que a Rússia tomou nos últimos dois anos e meio.

Em contraste, os ucranianos devem ter se sentido mais confiantes com as respostas de Kamala Harris, sem um sinal de que ela se desviaria da atual posição de forte apoio dos EUA.

Ela reivindicou o crédito pelo papel que já desempenhou, argumentando que compartilhou informações importantes com o presidente Zelensky nos dias que antecederam a invasão em larga escala da Rússia.

Ela também afirmou que a posição de Trump teria sido fatal para a Ucrânia se ele ainda estivesse na Casa Branca. “Se Donald Trump fosse presidente, Putin estaria sentado em Kiev agora.”

Publicamente, houve um silêncio ensurdecedor por parte dos atuais ministros e líderes militares da Ucrânia em relação ao debate. A batalha eleitoral dos EUA é algo em que eles não precisam se envolver enquanto estão consumidos pela luta real em casa.

É o próprio presidente Zelensky que, até agora, foi mais longe ao articular, embora de forma um tanto comedida, o que uma vitória de Trump significaria para os ucranianos.

Falando à BBC em julho, ele disse que isso significaria “trabalho árduo, mas somos trabalhadores”.

Memes sobre Abdul após comentários de Trump sobre o Talebã

Lyse Doucet, Correspodente internacional chefe

A guerra mais longa dos EUA terminou em agosto de 2021, quando os EUA se apressaram para retirar seus últimos soldados e evacuar milhares de civis, enquanto o Talebã avançava sobre Cabul, no Afeganistão, com uma rapidez surpreendente.

Esse desastre foi mencionado no debate e, como era de se esperar, as questões foram evitadas, descartadas ou distorcidas.

Kamala Harris desviou-se da pergunta “você assume alguma responsabilidade pela forma como a retirada foi conduzida?”.

Como correspondente que acompanhou de perto a caótica retirada, nunca ouvi falar que a vice-presidente estivesse presente nas decisões tomadas nas últimas semanas decisivas. Mas ela deixou claro que concordou com a decisão do presidente Biden de sair.

Trump se gabou de ter sido duro em suas conversas com “Abdul”, o “chefe do Talebã” que, segundo ele, “ainda é o chefe do Talebã”.

Ele parecia estar se referindo a Abdul Ghani Baradar, que assinou o acordo de retirada com os EUA. No entanto, Baradar nunca foi o líder do Talebã e foi marginalizado desde a retomada de poder pelo grupo.

A menção imediatamente gerou uma onda de memes na internet com pessoas chamadas Abdul opinando e outros perguntando “quem é Abdul?”

Ambos os candidatos focaram no acordo falho com o Talebã. A verdade é que a equipe de Trump negociou esse plano de saída; a equipe de Biden o executou apressadamente.

Trump disse que o acordo era bom porque “estávamos saindo”.

Não havia boas maneiras de sair. Mas a retirada se transformou em um desastre, e todos os lados têm sua parcela de culpa.

Kamala representa incertezas para Pequim

Laura Bicker, Correspondente da China, em Pequim

Kamala Harris continua sendo uma incógnita para os líderes na China, mesmo após o debate.

Ela não tem histórico relevante em relação à China e, no palco do debate, apenas repetiu sua afirmação de que os EUA, e não a China, venceriam a competição pelo século 21.

A vice-presidente representa algo que a China não aprecia — incerteza.

Por isso, o presidente Xi Jinping recentemente aproveitou a visita de autoridades americanas para pedir “estabilidade” entre as duas superpotências, talvez enviando uma mensagem à atual vice-presidente.

A visão predominante entre acadêmicos chineses é que ela não se desviará muito da abordagem diplomática lenta e constante do presidente Biden.

No entanto, durante o debate, Kamala foi ao ataque e acusou Donald Trump de “vender chips americanos para a China, ajudando-os a melhorar e modernizar seu exército”.

Trump deixou claro que planeja impor tarifas de 60% sobre os produtos chineses.

A China retaliou, e vários estudos sugerem que isso causou prejuízos econômicos para ambos os lados.

Isso é a última coisa que a China deseja agora, enquanto tenta fabricar e exportar produtos para salvar sua economia.

Para os líderes chineses, o debate pouco fez para dissipar a crença de que Trump representa algo que também não gostam — imprevisibilidade.

Mas, na verdade, há pouca esperança de que a política dos EUA em relação à China mude significativamente, independentemente de quem ocupar a Casa Branca.

A corrida pela Casa Branca é acompanhada de perto no Oriente Médio

Paul Adams, Correspondente em Jerusalém

Os dois candidatos não se desviaram muito de suas posições previamente declaradas no debate de terça, embora Trump tenha acrescentado, com seu característico exagero, que Israel não existirá em dois anos se sua oponente se tornar presidente.

Aqui no Oriente Médio, a corrida pela Casa Branca está sendo atentamente observada.

Com a guerra em Gaza em andamento e um acordo de cessar-fogo ainda distante, alguns críticos de Benjamin Netanyahu suspeitam que o primeiro-ministro de Israel esteja deliberadamente adiando qualquer resolução para depois da eleição, na esperança de que Trump seja mais simpático a Israel do que Kamala.

Há um cheiro de história prestes a se repetir.

Em 1980, a equipe de campanha do republicano Ronald Reagan foi suspeita de ter incentivado o Irã a não libertar os reféns americanos em Teerã até que ele vencesse o presidente Jimmy Carter, prometendo um acordo melhor.

Algo semelhante poderia estar acontecendo agora? Certamente, os opositores de Netanyahu acreditam que ele é agora o principal obstáculo para um acordo de cessar-fogo.

Kamala Harris indicou que poderia ser mais dura com Israel do que Joe Biden, algo que Trump aproveitou, dizendo que a vice-presidente “odeia Israel”.

Os palestinos, profundamente céticos em relação a Donald Trump, mas desapontados com a incapacidade da administração Biden de parar a guerra em Gaza, talvez vejam Kamala como o mal menor.

Eles há muito tempo abandonaram a ideia dos EUA como um mediador honesto no Oriente Médio, mas notaram que Kamala, ao contrário de Trump, afirma estar comprometida com a criação de um Estado palestino.

Elogios a Orban causam reação na Hungria

Nick Thorpe, Correspondente na Europa Central, em Budapeste

Donald Trump elogiou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, dizendo: “Viktor Orban, um dos homens mais respeitados, eles o chamam de homem forte. Ele é uma pessoa dura. Inteligente…”

A mídia pró-governo húngara rapidamente destacou o elogio. “Grande reconhecimento!” foi a manchete do jornal Magyar Nemzet.

Por outro lado, o portal de notícias crítico ao governo 444 citou Tim Walz, companheiro de chapa de Kamala Harris: “Ele [Trump] foi perguntado sobre qual líder mundial estava com ele, e ele disse Orban. Meu Deus. Isso é tudo que precisamos saber.”

Viktor Orban apoiou Trump para presidente em 2016 e está apoiando fortemente sua candidatura novamente em novembro.

Os dois se encontraram pela segunda vez este ano na casa de Trump na Flórida, em 12 de julho, após Orban ter visitado Kiev, Moscou e Pequim numa rápida sequência.

O governo de Orban está apostando tanto na vitória de Trump quanto em sua capacidade de encerrar rapidamente a guerra na Ucrânia.

“As coisas estão mudando. Se Trump voltar, haverá paz. Será estabelecida por ele, sem os europeus”, disse Balazs Orban, diretor político de Viktor Orban, à BBC em julho.

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Irlanda debate o que fazer com € 13,8 bi da Apple que não queria receber

A Irlanda acaba de se ver diante de um desafio que muitos países invejariam: decidir como gastar um ganho inesperado de € 13,8 bilhões (R$ 86 bilhões) que a Apple foi condenada a pagar em impostos pelo Tribunal de Justiça da União Europeia. Isso equivale a 14% dos gastos governamentais irlandeses deste ano, ou cerca de € 2.700 (R$ 16,8 mil) para cada habitante do país.

Numa ironia do destino, o governo irlandês sempre afirmou que não achava que a Apple devia esses impostos. Mesmo assim, nesta terça-feira, o Tribunal de Justiça da UE sustentou uma decisão histórica de 2016 de que a Irlanda violou as leis de incentivos estatais ao conceder à gigante americana da tecnologia benefícios fiscais que resultaram em uma vantagem injusta.

O dinheiro envolvido está em um fundo de custódia desde uma decisão inicial do tribunal da UE em 2016. A comissária da Concorrência da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, disse em uma entrevista coletiva que os impostos “devem ser liberados para o estado irlandês”.

O Ministério das Finanças da Irlanda afirmou, em um comunicado, que “respeita as conclusões”, ainda que tenha continuado a insistir que “a Irlanda não concede tratamento fiscal preferencial a empresas ou contribuintes.” Segundo o ministro das Finanças da Irlanda, Jack Chambers, o processo de transferência dos ativos do fundo de custódia para o governo levará algum tempo.

— É um processo complexo que deve levar vários meses para ser concluído — disse Chambers a jornalistas nesta terça-feira. — É um pagamento único e teremos discussões com os líderes partidários sobre quais serão os próximos passos.

Na conta de custódia, os fundos vêm gerando juros desde que foram pagos pela Apple em 2016. O governo irlandês afirmou em julho que o valor total do fundo é de € 13,8 bilhões, após gerar € 400 milhões em 2023. O total representa cerca de 15% do próximo Orçamento público da Irlanda.

Eleições à vista

A súbita bonança financeira ocorre enquanto os políticos irlandeses esperam que o governo convoque uma eleição nos próximos meses, o que marca o debate sobre como usar a receita extra.

Os partidos de oposição já estão pedindo um debate parlamentar sobre como usar o dinheiro, com críticas de que o governo defendeu interesses corporativos e não do público.

— Todo mundo vai exigir tudo, e vai ser muito difícil para o governo dizer não quando eles querem basicamente voltar ao poder — disse Aidan Regan, professor associado da Escola de Política e Relações Internacionais da Universidade College de Dublin.

A Irlanda enfrenta uma crise habitacional e tem um número recorde de pessoas sem-teto devido à falta de oferta e aos preços elevados dos imóveis. Ivana Bacik, líder do Partido Trabalhista, disse em uma postagem na rede social X que os recursos da Apple poderiam “ser usados para apoiar um fundo habitacional dedicado a longo prazo.”

Orçamento de 2025 já está decidido

No entanto, o orçamento para 2025, que será anunciado em 1º de outubro, já foi decidido, disse o ministro Chambers:

— Isso não impactará os parâmetros já estabelecidos para o Orçamento de 2025.

A Irlanda está na posição invejável de ter um dos raros superávits orçamentários da Europa, graças à presença de diversas empresas multinacionais no país.

Em setembro, o governo irlandês relatou um aumento significativo na arrecadação de impostos corporativos e trabalha para criar um fundo soberano que o Ministério das Finanças estima que possa eventualmente atingir € 100 bilhões (R$ 624 bilhões).

Mesmo com finanças públicas tão saudáveis, €13,8 bilhões ainda é uma “quantia enorme de dinheiro para um país pequeno,” disse Regan, da Universidade College de Dublin.

País atrai multinacionais com impostos baixos

Havia preocupações de que o caso geraria incerteza em relação à política fiscal na Irlanda, onde a baixa carga tributária para empresas há muito é um atrativo para multinacionais.

O país continua sendo um hub atraente para as indústrias de tecnologia e farmacêutica. Muitas das maiores empresas do mundo, incluindo Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, Alphabet, controladora do Google, e a fabricante de medicamentos Pfizer mantêm grande presença física por lá.

A Apple foi uma das primeiras gigantes da tecnologia a se estabelecer na Irlanda, como resultado da política fiscal iniciada entre as décadas de 1980 e 1990, para atrair investimentos estrangeiros. A empresa estabeleceu sua sede europeia perto da cidade de Cork, no sul do país, em 1980, e agora emprega cerca de 6 mil pessoas na Irlanda.

Boletim Focus: mercado prevê alta de juros ainda este ano

Economistas do mercado financeiro elevaram as projeções para a taxa básica de juros (Selic). Segundo os dados do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (9/9) pelo Banco Central (BC), o indicador deve subir dos atuais 10,50% para 10,75% em 2024.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne na próxima semana para tomar uma decisão sobre os juros. A estimativa também subiu para 2025, passando de 10,0% para 10,25%, enquanto a projeção para 2026 ficou nos mesmos 9,50% da semana anterior. A taxa esperada para 2027 ficou em 9,0%.

A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, também aumentou, passando de 4,26% para 4,30% em 2024. A previsão para 2025, por sua vez, permaneceu em 3,92%. A projeção para 2026 foi mantida em 3,60%, assim como para 2027, em 3,50%.

A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, em 2024 e em 2025. A margem de tolerância para que ela seja considerada cumprida é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.

A mediana das projeções para o produto interno bruto (PIB) em 2024 também registrou alta, subindo de 2,46% para 2,68%. Já a previsão para 2025 passou de 1,85% para 1,90%. A estimativa para 2026 continua nos mesmos 2,0%. A projeção também está em 2,0% para 2027.

Em relação ao câmbio, a projeção para o dólar em 2024 subiu de R$ 5,33 para R$ 5,35. Para 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5,30, assim como para 2026 e 2027, cuja projeção é de R$ 5,25.

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Novo namorado de Mariana Ximenes é empresário milionário e já fez figuração em Hollywood; saiba quem é

Fim do mistério! Mariana Ximenes está de namorado novo, mas fez mistério sobre a identidade do amado ao ser questionada sobre ele na semana passada, na festa de “Mania de você”, próxima novela das 9. Mas o EXTRA descobriu e revela aqui de quem se trata.

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Citados em interrogatório, filhos de Deolane Bezerra têm vida de luxo e ostentação; conheça Um mês de romance: Alice Carvalho e Chandelly Braz deixam restaurante agarradinhas, no Rio

O bonitão é o empresário Thiago Cordeiro, de 43 anos, sócio fundador de uma startup situada em São Paulo e especializada em locação de espaços inteligentes para pessoas e negócios. A empresa, que cresceu ainda mais na pandemia, conta atualmente com um capital social de R$ 72,7 milhões.

Famosos:

Deolane Bezerra é presa no Recife em operação contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais De onde vem a fortuna de Deolane Bezerra? Presa, advogada cobra alto por ‘publis’ e presença vip Vini Jr. tem ‘santuário’ em homenagem a estrelas do esporte e a ele mesmo em mansão avaliada em R$ 43 milhões Ex-seleção de futebol e comentarista esportiva, Alline Calandrini fica noiva de bailarina do Faustão

Paulista, Thiago assumiu em abril a presidência da Associação Brasileira de Self Storage (Abrass), instituição do mercado imobiliário. Graduado e pós-graduado pela FGV em Administração de Empresas, com MBA pela Northwestern Kellogg School of Management, o executivo tem passagens na indústria de investimentos imobiliários desde 2003.

Ele também já fez bico como ator em Hollywood. Quando morou em Sydney, na Austrália, há mais de 20 anos, fez figuração no filme “Homens de Preto II”, “Senhor dos anéis” e “Star Wars – Ataque dos clones”.

Sempre muito discreta, Mariana foi fotografada pelo EXTRA com Thiago no fim do mês passado, após assistirem a uma peça em um teatro na Zona Sul do Rio.

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Veja fotos de Mariana Ximenes e novo namorado

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Mariana Ximenes e o novo namorado — Foto: Extra e Instagram

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MAriana Ximenes como Ísis em ‘Mania de Você’ — Foto: Manoella Mello

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Thiago Cordeiro é o novo namorado de Mariana Ximenes — Foto: Divulgação

Casal está há poucos meses junto

Vilã da próxima novela das 21h, “Mania de você”, Mariana, de 43 anos, andava lado a ado com o moço, atenta ao que estava ao redor. Ainda assim, foi focalizada pelo paparazzo enquanto o casal aguardava um carro de aplicativo.

Desde que começou seu romance com a atriz, vem se dividindo entre o Rio, onde ela grava a novela, e São Paulo, onde ambos moram, e também tem sua filha pequena. Quem conhece os dois diz que estão bem “felizes e apaixonados”.

O último namoro oficializado de Mariana Ximenes foi com o fotógrafo Victor Collor, em 2021, que durou dez meses. Depois disso, ela não apareceu com ninguém.

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Presidente da CMO demonstra preocupação com medidas arrecadatórias no Orçamento

O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, deputado Julio Arcoverde (PP-PI), manifestou preocupação com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, encaminhado pelo governo federal ao Legislativo na última sexta-feira (30/8).

Em nota, divulgada nesta segunda (2/9), ele criticou o “foco na arrecadação de impostos”. O deputado afirmou que vai esperar receber o projeto do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para se reunir com o relator-geral, senador Angelo Coronel (PSD-BA), e com os 16 relatores setoriais.

“Entretanto, já manifesto minha preocupação com o foco da proposta na arrecadação de impostos, e não na priorização da melhoria da gestão pública, da eficiência nos gastos e da redução da carga tributária que são fundamentais para gerar empregos, criar oportunidades e aumentar a confiança dos investidores”, disse.

O parlamentar disse ainda que não serão aceitas medidas “que comprometam o desenvolvimento econômico pleno e a estabilidade financeira do Brasil”. “Nosso compromisso é garantir uma avaliação criteriosa, responsável e transparente do Orçamento, assegurando que ele reflita as prioridades reais do país e esteja alinhado com os interesses da população”, afirmou.

O orçamento total previsto para o ano que vem é de R$ 5,87 trilhões. Separadamente, o governo também encaminhou ao Congresso um projeto de lei que eleva a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e a alíquota do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre os juros sobre capital próprio (JCP).

O aumento dos tributos corresponderia a uma arrecadação de R$ 21 bilhões. No entanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já sinalizou ser “quase impossível” a aprovação dessas medidas de arrecadação.

O governo já sugerido o aumento das contribuições do CSLL e do JCP para compensar o impacto fiscal deste ano com a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e municípios. As propostas foram rechaçadas pelos parlamentares e acabaram de fora do pacote de medidas.

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Por que Israel lançou enorme operação militar na Cisjordânia

Pelo menos nove palestinos foram mortos na Cisjordânia ocupada após uma ofensiva das forças armadas israelenses.

Israel enviou tropas para quatro cidades no que chamou de “operação antiterrorismo”.

Acredita-se que seja a maior operação que Israel realizou na Cisjordânia nos últimos 20 anos.

Onde fica a Cisjordânia e quem controla o território? Onde Israel realizou as incursões, e por que diz que eram necessárias?

A Cisjordânia fica a oeste do rio Jordão, e a leste de Jerusalém.

Cerca de 3,2 milhões de pessoas vivem no território, de acordo com o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina. A maioria da população é de palestinos — embora muitos judeus também vivam lá em assentamentos que são ilegais no âmbito do direito internacional.

Os fundadores do Estado moderno de Israel concordaram, em 1947, que a maior parte da Cisjordânia deveria se tornar parte de um futuro Estado palestino. No entanto, Israel abandonou esse plano depois que países árabes o atacaram.

Após uma trégua, a Jordânia ocupou a região em 1950. As forças israelenses tomaram a área durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e a colocaram sob ocupação militar.

Durante as décadas de 1970 e 1980, Israel estabeleceu assentamentos lá, o que despertou ressentimento entre a população árabe — e protestos da comunidade internacional.

Palestinos organizaram levantes na Cisjordânia de 1987 a 1993, e de 2000 a 2005.

A Jordânia abriu mão, em 1988, da sua reivindicação territorial sobre a Cisjordânia. Após os Acordos de Oslo, em 1993, a Autoridade Palestina passou a administrar parte dela, enquanto o resto está sob domínio direto de Israel.

Tanto Israel quanto os palestinos reivindicam que têm direito sobre o território, mas após décadas de idas e vindas nas negociações, seu status final ainda não foi decidido.

Forças israelenses invadiram simultaneamente pelo menos quatro cidades palestinas na zona ocupada da Cisjordânia: Jenin, Tulkarem, Nablus e Tubas, assim como acampamentos de refugiados próximos.

A imprensa palestina diz que as principais estradas para Jenin foram fechadas, e há notícias de confrontos armados no acampamento de refugiados da cidade. Um porta-voz do Exército israelense afirmou que “grandes forças” haviam entrado na cidade.

Fontes palestinas dizem que tropas israelenses entraram em um hospital em Jenin ao amanhecer, e bloquearam o acesso a dois hospitais em Tulkarem.

As incursões militares israelenses em Nablus foram supostamente concentradas em dois acampamentos de refugiados.

No acampamento de Far’a, perto de Tubas, pessoas ficaram feridas no que dizem ter sido um ataque de drones israelenses — e tropas israelenses supostamente entraram em um centro médico do Crescente Vermelho lá.

Autoridades israelenses dizem que nove palestinos, que seriam “terroristas armados”, foram mortos.

As forças israelenses teriam cercado o acampamento Nur Shams, em Tulkarem, e um morador contou que havia “vários pontos de conflito”.

Outro residente disse que as tropas bloquearam as estradas próximas ao acampamento para inspecionar os documentos de identidade de todos que estavam saindo.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estavam “operando com força total desde a noite passada nos acampamentos de refugiados de Jenin e Tulkarem para desmantelar as infraestruturas terroristas iranianas-islâmicas estabelecidas lá”.

O porta-voz militar israelense, Nadav Shoshani, declarou que as tropas em Jenin e Tulkarem estavam realizando “operações antiterrorismo guiadas por inteligência” para evitar ataques a civis.

Desde o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, o país tem realizado ofensivas na Cisjordânia quase diariamente.

Qual tem sido a resposta palestina?

Cortejo fúnebre para um palestino morto no acampamento de refugiados de Nur Shams

O Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia fez um apelo à comunidade internacional para que ajude a proteger os hospitais em Jenin, Tulkarem e Tubas.

Em um comunicado, o ministério pediu ajuda “à comunidade internacional e à Cruz Vermelha”, acusando os militares israelenses de bloquear o acesso de ambulâncias, o que “constitui uma violação flagrante” do direito humanitário.

O ministério diz que o Exército israelense fechou estradas que levam ao Hospital Ibn Sina, e cercou o Hospital Khalil Suleiman e as sedes do Crescente Vermelho e da organização Sociedade Amigos dos Pacientes.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, abreviou uma viagem à Arábia Saudita para monitorar a situação na Cisjordânia, de acordo com a imprensa palestina.

Como a comunidade internacional reagiu?

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou a “resposta cada vez mais militar” das forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada.

O ACNUDH afirma que a recente operação militar israelense na Cisjordânia está sendo conduzida “de uma maneira que viola o direito internacional e arrisca inflamar ainda mais uma situação já explosiva”.

“A violência entre as FDI e palestinos armados na Cisjordânia não constitui um conflito armado sob o direito humanitário internacional”, afirmou, em comunicado, acrescentando que “o uso da força na Cisjordânia deve respeitar as normas de direitos humanos”.

Na semana passada, a ONU disse que 128 palestinos, incluindo 26 crianças, haviam sido mortos em ataques aéreos israelenses na Cisjordânia desde 7 de outubro.

No total, 607 palestinos haviam sido mortos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, sendo 11 por colonos israelenses, no mesmo período, acrescentou.

Por que os acampamentos de refugiados são alvo?

Israel acusa o Irã de ajudar a financiar e armar novos grupos militantes em acampamentos de refugiados na Cisjordânia

A Cisjordânia tem vários acampamentos de refugiados, abrigando dezenas de milhares de palestinos cujas famílias foram desalojadas de suas casas no que é hoje Israel.

Esses acampamentos apresentam níveis altos de pobreza e desemprego, especialmente entre os jovens. E se tornaram bases para vários grupos novos de militantes palestinos, sobretudo o acampamento de Jenin, explica Paul Adams, especialista de assuntos diplomáticos da BBC.

A operação recente de Israel tem sido uma tentativa de reprimi-los.

Segundo ele, Israel acredita que o Irã tem ajudado a criar novos grupos armados na Cisjordânia, por meio de financiamento e fornecimento de armas, para cercar Israel pelo maior número de frentes possível.

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Turismo sustentável desponta como alternativa ao turismo de massa na Europa

Turismo sustentável desponta como alternativa ao turismo de massa na Europa (O turismo de massa no velho continente está provocando efeitos colaterais que preocupam tanto os moradores locais quanto especialistas no setor. (Foto: Divulgação))

A Europa continua a ser um dos destinos preferidos para viagens internacionais, seja por sua diversidade cultural, história ou paisagens de tirar o fôlego. Milhões de pessoas são atraídas anualmente por seus icônicos cartões postais, como a Torre Eiffel, na França; o Coliseu, em Roma; as praias da Costa Amalfitana, na Itália; e as aconchegantes vielas de Barcelona, na Espanha. No entanto, o turismo de massa no velho continente, que movimentou cerca de €500 bilhões no último ano, está provocando efeitos colaterais que preocupam tanto os moradores locais quanto especialistas no setor. Diante disso, o Hurb destaca a alternativa do turismo sustentável para o mercado europeu.

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Nas cidades mais visitadas do continente, a chegada constante de turistas trouxe desafios que vão além da superlotação de pontos turísticos. O aumento dos aluguéis e os preços astronômicos para a compra de imóveis afetam diretamente a qualidade de vida dos moradores, impactando no custo de vida de forma ainda mais ampla. Pequenos negócios e comércios locais desaparecem, sendo substituídos por lojas de souvenirs e redes internacionais. Além disso, o uso intensivo dos recursos naturais coloca em risco o meio ambiente, ameaçando a sustentabilidade a longo prazo dessas regiões.

Em Lisboa (Portugal), por exemplo, o problema é o descompasso entre o mercado de aluguel e as necessidades dos moradores, levando as cidades a restringirem novas licenças de aluguéis por plataformas como Airbnb. Já em Palma de Mallorca (Espanha), a solução foi impor um período de proibição para aluguéis turísticos. Em Barcelona, o aumento de mais de 60% dos aluguéis nos últimos dez anos levou a cidade a adotar medidas drásticas, como o fim das licenças para cerca de 10 mil apartamentos de férias até 2028. Em Veneza (Itália), para reduzir a poluição e o excesso de turistas, os navios de grande porte foram proibidos de atracar no centro da cidade desde 2021.

Para se ter uma ideia, os turistas internacionais devem gastar um valor recorde de 800 bilhões de euros na Europa este ano, representando um aumento de 37% em relação aos níveis anteriores à pandemia, de acordo com uma estimativa da Comissão Europeia de Turismo (CET). No entanto, a economia local, apesar de fortalecida pelo fluxo de visitantes, não distribui seus benefícios de maneira equitativa, visto que o setor aéreo, grandes redes de hotéis, empresas internacionais e a indústria de cruzeiros são os que mais faturam. Embora o turismo represente 10% do PIB da União Europeia, muitos residentes das áreas mais turísticas não veem esse retorno financeiro, sentindo-se cada vez mais marginalizados em suas próprias cidades, gerando insatisfação e revolta na população local.

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Diante desse cenário, o turismo sustentável emerge como uma alternativa necessária e urgente. Essa abordagem tem em vista minimizar os impactos negativos do turismo de massa, promovendo práticas que respeitem o meio ambiente, a cultura local e que beneficiem a economia das comunidades. A modalidade prioriza a preservação dos recursos naturais, apoia o comércio local e garante que os moradores também possam se beneficiar economicamente da presença de turistas.

O turismo sustentável emerge como uma alternativa necessária e urgente. (Foto: Divulgação)

Iniciativas como a limitação do número de visitantes em certos pontos turísticos, a promoção de destinos alternativos e menos explorados, além do incentivo ao turismo fora da alta temporada, estão ganhando força em diversas partes da Europa. Essas práticas, alinhadas aos princípios da sustentabilidade, visam proporcionar uma experiência mais autêntica para os visitantes e um impacto mais positivo para os residentes.

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O turismo sustentável, portanto, não é apenas uma tendência passageira, mas uma necessidade crescente em um mundo limitado por recursos finitos, cujas comunidades locais devem ser respeitadas e valorizadas. A Europa, com seu papel de líder global no setor turístico, tem a responsabilidade de mostrar que é possível conciliar a atração de visitantes com a preservação de seu patrimônio natural e cultural para as futuras gerações.

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