Conmebol pede celeridade em investigação de lavagem de dinheiro

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), por meio de comunicado, pediu mais celeridade para as autoridades responsáveis por uma investigação de lavagem de dinheiro. A denúncia envolve um ex-presidente da entidade, Nicolás Leoz, e teve como denunciante a própria Conmebol.

De acordo com a nota, depois das primeiras ações investigativas, o que se viu foi “um silêncio inexplicável”. Além disso, a afirmação é de que quem deveria seguir com a investigação “abandonou qualquer outra iniciativa para esclarecer a denúncia.”

Com o destaque que a primeira denúncia onde a Conmebol foi vítima de desfalques financeiros ocorreu em 2017, o comunicado agrega que o pedido de mais agilidade nas investigações se reforçou março deste ano. Na oportunidade, não se deu nenhum tipo de posição pública oficial por parte da entidade que rege o futebol na América do Sul.

No segundo ano de Alejandro Domínguez como presidente da Conmebol, uma auditoria forense foi solicitada para avaliar a situação financeira da confederação. Nesse momento, as movimentações de cunho suspeito se destacaram. Os envolvidos eram Leoz, ex-mandatário da entidade, e o Banco Atlas, renomada instituição financeira de origem paraguaia.

Segundo o transcorrer das investigações, Nicolás fez investimentos no banco com a utilização de dinheiro proveniente de desfalques aos cofres da Conmebol com o intuito da prática de lavagem de dinheiro. Por sua vez, o Banco Atlas teria não apenas facilitado essas aplicações como também emitiu um relatório com informações falsas a fim de proteger os investimentos em questão. Desse modo, diretores da organização financeira também estariam envolvidos no esquema.

Porém, muitos anos antes de tais acusações, Nicolás Leoz estava envolto em diferentes acusações de corrupção e tráfico de influência. Desde suborno pela concessão de direitos televisivos da Copa do Mundo de 1990 até as acusações que citaram seu nome na longa investigação do FBI, a polícia federal norte-americana, que ficou batizada como Fifagate.

Aos 90 anos de idade, Leoz morreu no dia 28 de agosto de 2019, vítima de um infarto, em Assunção.

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Empreendimentos oferecem de área pet a varanda em Minha Casa, Minha Vida

Não é de hoje que o presidente Lula defende a presença de comodidades em imóveis populares. A “varada do pum”, como ele já se referiu ao cômodo em dezembro de 2023, está longe de ser a única área de lazer oferecida aos futuros proprietários de imóveis do Minha Casa, Minha Vida.

“A varanda virou um objeto de desejo”, afirmou Sérgio Paulo dos Anjos, diretor comercial da MRV Engenharia. Ao procurar apartamentos, em uma cidade como São Paulo, onde os habitantes frequentemente se vêem em ambientes fechados, futuros proprietários sonham com o espaço aberto privado.

Na hora de fazer a primeira foto após receber as chaves, a maioria dos proprietários escolhe a varanda como cenário, aponta Renée Silveira, diretora de incorporação da Plano&Plano. “Ela tem o seu encantamento para o público.”

Em condomínios destinado às faixas 2 e 3 do programa habitacional, que abarcam famílias com renda mensal entre R$ 2.640 a R$ 8.000, os clientes buscam praticidade para o dia a dia —apartamentos menores e facilidades coletivas são a principal tendência entre os imóveis econômicos. Espaços pet, coworkings, quadras de beach tennis, estão entre as exigências de quem planeja adquirir um imóvel por meio do programa.

Complementando apartamentos compactos, os futuros proprietários procuram áreas comuns que preencham necessidades, como lavanderias e espaços pet. Em uma pesquisa com clientes interessados, a Cury descobriu que o minimercado é “praticamente unânime” entre as prioridades.

“O público do Minha Casa, Minha Vida não difere em nada ao nível de exigência de grupos que buscam imóveis de médio e alto padrão”, afirmou Adriano Affonso, gerente geral comercial da Cury. Com empreendimentos em São Paulo e Rio de Janeiro, a construtora pretende lançar cerca de 30 projetos neste ano.

Folha Mercado

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A Plano&Plano, construtora que em 2023 teve 75% de seus lançamentos enquadrados no MCMV, considera itens como coworking, um pequeno mercado e um espaço para delivery como “carne de vaca” nos projetos.

“Isso não é diferencial. O diferencial acaba sendo uma piscina, quadras e espaços mais diversificados”, observou Renée Silveira, diretora de Incorporação da empresa. Agregar mais comodidades em empreendimentos populares é uma tendência alimentada pelas alterações recentes no programa Minha Casa, Minha Vida.

Em julho de 2023, o governo federal aumentou o teto da renda familiar mensal no programa, valor que atualmente pode atingir R$ 8.000, e o valor máximo do imóvel financiado, que pode alcançar R$ 350 mil. As possibilidades de subsídios também cresceram, enquanto os juros caíram.

A Plano&Plano observa o crescimento da geração Z, entre seus clientes. Para esse público, a necessidade de um espaço de lazer supera a de morar em um apartamento grande.

Um dos lançamentos da empresa para atrair o jovem comprador está na região da Mooca. Os apartamentos de um dormitório terão áreas como piscina, rooftop, espaço pet, academia e minimercado. As unidades são ofertadas a partir de R$ 234.703.

Tutores de animais buscam em condomínios espaços para entretê-los. “Fornecer uma área destinada a esses bichinhos aliada a segurança de passear no condomínio foi uma das novidades propostas”, conta Alejandro Abiusi, gerente de marketing da Tenda.

No Jaraguá, a Tenda iniciará as obras do Viva City, com espaço Pet Play. A área de lazer dos apartamentos de dois dormitórios e 31 m² também terá espaços kids e baby, além de um sport bar. Em 2024, a Tenda deve lançar cerca de 50 empreendimentos, quase um terço deles em São Paulo.

“Conveniência” é a palavra de ordem para o diretor comercial da MRV Engenharia, Sérgio Paulo dos Santos, quando se trata de apartamentos do Minha Casa, Minha Vida. A presença de espaços que otimizem o cotidiano, como a lavanderia e coworking, são os mais buscados.

A MRV aposta no Smart Cidade, no qual a empresa investe R$ 2 bilhões na construção de 11 mil unidades —80% delas podem ser financiadas pelo MCMV—, em uma área de 1,7 milhão de m² em Pirituba, zona norte da cidade. Ioga e meditação entram na tendência e dão vida aos “espaços zen”, com materiais para relaxar depois do expediente longe de casa.

Tarcísio veta dar nome de Mamonas Assassinas a estação em Guarulhos

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vetou o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que pretendia acrescentar o nome da banda Mamonas Assassinas à estação CECAP da Linha 13- Jade da CPTM. A proposta foi apresentada pelo Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos) e, segundo as justificativas do texto, buscava homenagear a banda de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

O veto foi definido na terça-feira, 23, e publicado no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira, 25.

O governador argumenta que a CPTM é uma sociedade de economia mista, regida por normas da Lei das Sociedades por Ações e submetida ao regime jurídico de direito privado.

“A empresa detém autonomia para gerir os bens que integram o seu patrimônio, dentre os quais se incluem suas estações, que não se equiparam a prédios ou repartições públicas”, destaca.

O texto direcionado aos deputados ainda pontua que a gestão do patrimônio de empresas como a CPTM, o que inclui a outorga de denominações, é tema que foge ao domínio da lei “sob pena de afronta ao regime jurídico ao qual está subordinada e aos objetivos que inspiraram sua constituição”.

Tarcísio ainda detalha que a escolha dos nomes de estações segue regras técnicas e administrativas. Regras essas, que levam em conta a história e geografia da região, além de pontos de referência importantes para a comunidade e que sejam bem aceitos pelo público.

A inauguração da estação, em março de 2018, também foi tratada como ponto determinante, uma vez que o nome da estação já estaria, na avaliação do governador, plenamente consolidado em toda a região.

Além disso, as modificações necessárias na troca de comunicação visual foram apontadas como demanda de alto custo, o que seria “contrária ao interesse público”.

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Cine Brasília reabrirá com exibição especial de filme sobre JK em 22 de abril

Após dois meses de reforma, o Cine Brasília reabrirá as portas, em 22 de abril, às 11h, celebrando os seus 60 anos de história do espaço e os 64 da capital com uma sessão especial, apresentando pela primeira vez nas telonas o longa-metragem JK — O reinventor do Brasil.

Produzido pela TV Cultura, o filme resgata e celebra a vida e o legado do ex-presidente Juscelino Kubitschek, responsável pela fundação da jovem capital brasileira. Narrado no estilo podcast, o documentário integra um projeto amplo da emissora dedicado ao ex-presidente, incluindo exposições e uma fotobiografia com imagens inéditas de Juscelino, figura central na história do Brasil como o fundador de Brasília e líder do país entre 1956 e 1961.

Além da exibição do filme, os visitantes do Cine Brasília poderão visitar a exposição e a fotobiografia exclusiva do ex-presidente.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)

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CEOs da Nvidia e da Microsoft entram para a lista das 100 pessoas mais influentes da revista Time

A revista Time publicou a lista das 100 pessoas mais influentes de 2024, que inclui o CEO da Nvidia, Jensen Huang, na categoria Inovadores, e o diretor-executivo da Microsoft, Satya Nadella, na categoria Titãs. Ambos vêm se destacando na área de inteligência artificial.

Todos os anos, a Time publica uma edição da revista com as pessoas que consideram mais influentes no mundo. Os 100 escolhidos são reunidos em seis grupos: artistas, ícones, pioneiros, líderes, titãs e inovadores.

O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, também entrou na lista, na categoria de Líderes. O rol de personalidades influentes inclui ainda Marina Silva, ministra do Meio Ambiente do Brasil; e o presidente da Argentina, Javier Milei. No meio artístico, a cantora Dua Lipa é um dos destaques.

Cada perfil dos selecionados pela Time foi escrito por pessoas convidadas: o de Huang, ficou a cargo de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, controladora do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, enquanto que o de Nadella foi escrito pela empresária e presidente da Starbucks Corporation, Mellody Hobson.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, foi a responsável por redigir o perfil do presidente do Banco Mundial.

Confira os perfis dos três mais influenciadores da área econômica:

Jensen Huang, da Nvidia

Sempre de jaquetas de couro — faça chuva ou faça sol —, o CEO e cofundador da fabricante de chips Nvidia, Jensen Huang, é visto pelos taiwaneses como um ‘rockstar’ da indústria de tecnologia. O executivo ganhou fama após levar a Nvidia a se tornar a primeira fabricante de chips a chegar ao clube do US$ 1 trilhão — seleto grupo de empresas dominado por gigantes como Apple, Microsoft e Tesla.

— Sempre admirei os líderes que têm a coragem e a determinação de manter sua visão por longos períodos de tempo. Jensen Huang é claramente o líder do setor de tecnologia nesse aspecto — afirmou Mark Zuckerberg, fundador, presidente do conselho e CEO da Meta.

Em fevereiro, empresa anunciou números recordes no quarto trimestre de 2023, com a receita dando um salto de 265% na comparação anual, enquanto o lucro foi 769% maior no mesmo intervalo. O resultado consolidou a empresa como a principal beneficiária do boom da computação de Inteligência artificial.

Zuckerberg lembrou que, hoje, a maioria dos modelos de inteligência artificial— desde grandes modelos de linguagem até sistemas para direção autônoma e aplicações em ciência e saúde — é treinada no hardware da Nvidia.

Em março, Huang apresentou novos chips destinados a modelos de inteligência artificial, como forma de estender a dominância de sua empresa no segmento de computação a essa tecnologia. No início do mês passado, a Nvidia registrou, pela primeira vez, uma capitalização de mais de US$ 2 trilhões. O papel da empresa subiu 4%, o que elevou seu valor de mercado para US$ 2,06 trilhões.

Com o resultado, a Nvidia se tornou a terceira empresa mais valiosa de Wall Street, atrás da Microsoft e da Apple, com US$ 3,09 trilhões e US$ 2,77 trilhões, respectivamente.

Satya Nadella, da Microsoft, por Mellody Hobson

Satya Nardella é CEO da Microsoft, dona de 49% das ações da OpenAI. Logo após a confirmação da demissão de Sam Altman, ele anunciou, pela rede social X (antigo Twitter), que Altman seria contratado para liderar uma nova divisão de inteligência artificial da companhia.

Após a readmissão de Altman na startup, Nardella voltou a demonstrar apoio ao executivo nas redes sociais e elogiou as mudanças na OpenAI.

— É um primeiro passo essencial no caminho para uma governança mais estável, bem informada e eficaz —, disse ele, na ocasião.

Mellody Hobson, co-CEO e presidente da Ariel Investments, reconhece que o investimento significativo da Microsoft na OpenAI e a parceria com a Mistral AI colocam Nadella na vanguarda da revolução da inteligência artificial.

Mellody, que trabalhou com o executivo na Starbucks, lembrou que Nadella é amplamente aplaudido por impulsionar a Microsoft a um valor de mercado de mais de US$ 3 trilhões, tornando-a a maior empresa do mundo.

Ajay Banga, do Banco Mundial

Ajay Banga tomou posse da presidência do Banco Mundial em junho de 2023, substituindo David Malpass para um mandato de cinco anos. Ex-CEO da Mastecard, Banga, nascido na Índia e naturalizado americano, foi indicado pelos Estados Unidos e era então o único candidato para o posto.

Antes de assumir o cargo, ele se encontrou com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que expressou seu desejo de continuar colaborando com a instituição na evolução de bancos multilaterais de desenvolvimento, os MDBs.

“Ajay chega ao Banco Mundial depois de liderar uma organização global por meio da qual trouxe milhões de pessoas sem conta bancária para a economia digital”, escreveu Janet Yellen, ressaltando que o executivo estabeleceu uma nova visão para criar um mundo livre da pobreza em um planeta habitável e agiu com ousadia para concretizá-la – desde o pioneirismo em ferramentas financeiras inovadoras até a reimaginação de parcerias entre os bancos multilaterais de desenvolvimento e com o setor privado.

Brasil perde R$ 435 bi com mercado ilícito, que inclui contrabando e pirataria

O Brasil teve, em 2022, um prejuízo econômico de R$ 453,5 bilhões com ações ilegais, como contrabando, pirataria, roubo, concorrência desleal por fraude fiscal, sonegação de impostos e furto de energia e água. É o que aponta o levantamento “Brasil Ilegal em Números”, produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Segundo o estudo, do valor total, R$ 136 bilhões se referem aos prejuízos diretos com os impostos que deixaram de ser arrecadados e R$ 297 bilhões a perdas registradas por 16 setores econômicos.

— A cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais, estaduais e União. São recursos que equivalem a todo o Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Santa Catarina, por exemplo — afirma Carlos Erane de Aguiar, diretor da Fiesp e da Firjan na área de segurança.

Aguiar acrescenta:

— Queremos contribuir para que os governos adotem medidas mais rígidas para combater essa ilegalidade, investindo ainda mais em segurança pública em todo o país.

Perda de 370 mil postos de trabalho

Esse mercado ilegal tem impacto na geração de vagas formais. Levando em consideração os setores mais afetados pela concorrência desse mercado ilícito, o Brasil deixou de gerar quase 370 mil empregos com carteira assinada em 2022, segundo o estudo.

Os setores afetados são: audiovisual (filmes), bebidas alcoólicas, brinquedos, celulares, cigarros, combustíveis, fármacos, cosméticos e higiene pessoal, defensivos agrícolas, material esportivo, óculos, PCs, perfumes importados, TV por assinatura e vestuário.

O setor que mais perdeu com a ilegalidade foi o de vestuário, deixando de empregar quase 67 mil trabalhadores no ano de 2022. Outros setores duramente afetados pelo mercado ilegal são o farmacêutico e o de combustíveis, que deixaram de empregar 20,7 mil e 15,5 mil trabalhadores, respectivamente.

Combate ao contrabando

A entrada de produtos originários de outros países ilegalmente é outro foco de prejuízo. Apenas no ano de 2023, de acordo com o balanço aduaneiro do país, a Receita Federal realizou aproximadamente 17.627 operações de combate ao contrabando, descaminho e importação irregular de mercadorias estrangeiras, resultando na apreensão de R$ 3,78 bilhões em mercadorias ilícitas em todo o país. Ou seja, menos de 1% do total movimentado pelo comércio ilegal no país.

Os principais setores com apreensões estão divididos entre: cigarros e similares, eletroeletrônicos, veículos, vestuário, informática, bebidas, brinquedos, inseticidas, fungicidas, herbicidas, desinfetantes, calçados e perfumes.

O estudo destaca ainda que, nos últimos anos, surgiu um desafio adicional: o crescimento do comércio eletrônico, em especial de marketplaces. Abuso no uso do mecanismo que dá isenção a remessas internacionais de até determinado valor, venda de produtos proibidos e que não cumprem regulamentos técnicos e a necessidade de aumentar a responsabilização das plataformas pela oferta de produtos de origem ilegal são pontos que o estudo levanta que deveriam ser acompanhados com mais rigor pelas autoridades.

Furtos de energia e água

As ligações clandestinas, para furto de energia elétrica e água, os populares “gatos”, também causam prejuízo para a sociedade como um todo, uma vez que os consumidores que pagam devidamente por seu consumo acabam arcando com mais esse custo.

O custo dos “gatos” de energia para o país é de R$ 6,3 bilhões, considerando-se somente a perda de arrecadação tarifária das concessionárias, valor que poderia ser aplicado, por exemplo, para redução de tarifas ou realização de novos investimentos na melhoria da qualidade da energia.

Só em 2022, ano alvo do estudo, a quantidade de energia elétrica furtada no Brasil seria suficiente para atender as residências da Região Metropolitana de São Paulo durante mais de um ano.

Já os furtos no sistema de abastecimento de água também oneram o setor de saneamento básico, o que é repassado aos consumidores, encarecendo suas contas.

“É fundamental o incremento de ações coordenadas entre os entes públicos federais, estaduais e municipais no combate à ilegalidade”, conclui o estudo, que será apresentado nesta quinta-feira, em Brasília, durante o seminário “Combate ao Brasil Ilegal”.

Quem ganha o BBB 24? Em dia decisivo, veja o antes e o depois de todos os vencedores

Do anonimato ao estrelato, de uma vida humilde para uma rotina de luxo ou até mesmo da fama instantânea para o esquecimento do público. A vida de 23 pessoas — muito em breve, 24 — foi drasticamente alterada após a passagem pelo BBB – Big Brother Brasil. Nesta terça-feira (15) decisiva, em que será anunciado o grande campeão (ou a grande campeã) do BBB 24, que tal relembrar como estão os antigos vencedores do programa?

Uma plataforma criada especialmente pelo GLOBO — que é possível der ser acessada aqui — mostra como estão todos os ex-participantes de todas as edições do programa. A seguir, confira o antes e o depois dos campeões de todas as edições do reality show, do BBB 1 ao BBB 23.

Kleber Bambam (BBB 1)

Depois de faturar os R$ 500 mil de prêmio na primeira edição do Big Brother Brasil, em 2002, Kleber Bambam se tornou ator e integrou o elenco da Turma do Didi. Hoje, ele mora em Las Vegas, onde se dedica ao fisiculturismo.

Rodrigo Leonel (BBB 2)

Conhecido como Rodrigo ‘Cowboy’, o vencedor da segunda edição do Big Brother Brasil gastou parte do dinheiro do prêmio com bezerros, uma fazenda e outros imóveis, mas os investimentos não deram muito certo. Hoje, Rodrigo trabalha como corretor imobiliário e mora em Ribeirão Preto, São Paulo.

Dhomini (BBB 3)

Ex-affair de Sabrina Sato na casa mais vigiada do Brasil, Dhomini Ferreira comprou um posto de gasolina com o dinheiro do programa, mas o investimento não saiu como o esperado. O brother trabalha revendendo joias com a esposa, com quem tem cinco filhos, e também dá palestras motivacionais.

Cida (BBB 4)

O prêmio de R$ 500 mil até que rendeu para Cida, grande campeã da quarta edição. Ela ajudou a família, comprou imóveis, um terreno e abriu uma loja. Chegou a se candidatar como vereadora, mas não foi eleita. Cida mantém um Instagram onde fala sobre autoconhecimento, acumulando quase 14 mil seguidores

Jean Willys (BBB 5)

Disputando a final com Grazi Massafera em 2005, o professor de história inaugurou a era do prêmio de R$ 1 milhão do programa. Elegeu-se deputado federal pelo PSOL-RJ em 2010, reelegendo-se para o cargo em 2014 e em 2018. Por desavenças políticas, deixou o país em 2019.

Mara Viana (BBB 6)

Hoje formada em teologia e cursando psicologia, Mara usou o dinheiro para pagar um tratamento de saúde da filha Aracy e também investiu em uma pousada, onde teve um bom retorno financeiro.

Diego Alemão (BBB 7)

Lembrado pelo relacionamento a três com as ex-participantes Iris e Fani, Diego Alemão trabalhou durante um tempo com projetos audiovisuais, mas hoje vive do mercado imobiliário. Ele se candidatou a deputado federal pelo PV-RJ, em 2014, mas não foi eleito. Recentemente, foi internado em clínica de reabilitação para tratar dependência por entorpecentes.

Rafinha (BBB 8)

Quando saiu da casa com o dinheiro do prêmio no bolso, em 2008, Rafael RIbeiro investiu em sua banda, apostando em uma carreira musical. Anos depois, no entanto, ele largou o projeto para se dedicar à profissão de tatuador. Agora ele mantém um estúdio de tatuagem em Campinas.

Max Porto (BBB 9)

O artista plástico de Maricá cativou o Brasil naquele ano de 2009 e saiu com o prêmio milionário. De lá para cá, chegou a vender consultorias para pessoas que desejassem entrar no programa. Já disse em entrevistas que não tinha sobrado nada do prêmio e que possuía dívidas.

Marcelo Dourado (BBB 10)

Após vencer o Big Brother, o gaúcho lutador de MMA decidiu investir na carreira de atleta. Segundo ele, desde que saiu da casa já conquistou 15 títulos de jiu-jitsu, modalidade da qual é faixa preta.

Maria Melilo (BBB 11)

A modelo comprou imóveis com o dinheiro do prêmio do programa e virou repórter de programas como “Mais você” e “TV Fama”, além de ter integrado o elenco do humorístico “Casseta & Planeta”. Também concorreu ao cargo de deputada federal em São Paulo, em 2014, mas não obteve sucesso.

Fael (BBB 12)

De perfil mais discreto, o vencedor da 12ª edição do programa usou o prêmio para comprar duas fazendas, que mantém até hoje no Mato Grosso, e um centro de capacitação para veterinários. Casou-se em 2018 e tem uma filha.

Fernanda Keulla (BBB 13)

A mineira seguiu carreira na TV, onde foi apresentadora dentro do próprio Big Brother Brasil e repórter no “Vídeo show”. Atualmente, é repórter esportiva da RedeTV.

Vanessa Mesquita (BBB 14)

A sister que viveu um romance ardente com a ex-participante Clara Aguilar aplicou o dinheiro do prêmio, fez faculdade de veterinária e hoje faz conteúdos sensuais na plataforma OnlyFans.

Cézar Lima (BBB 15)

Cézar Lima ganhou simpatia do público pelo jeito carismático e pelas frases filosóficas ao longo do programa. Aplicou o dinheiro do prêmio, que ainda rende, e atualmente trabalha como advogado. Também tem um canal no YouTube.

Munik Nunes (BBB 16)

A ex-sister ajudou os pais e fez investimentos com o dinheiro recebido no Big Brother Brasil. Hoje, vive de “publis” nas redes sociais e mantém quase 12,3 milhões de seguidores. Participou do reality “Power Couple Brasil”.

Emilly Araújo (BBB 17)

Outra sister que se consolidou como influenciadora digital, a vencedora do BBB 17 também apresenta o programa “Topzera”, da RedeTV!, dedicado à música sertaneja.

Gleici (BBB 18)

A acriana ajudou a família e investiu na carreira de atriz após sair da casa vencedora, em 2018. Fez novela, filmes e, mais recentemente, em 2021, participou do reality show “No Limite”, da TV Globo. Também é influenciadora digital.

Paulinha (BBB 19)

A participação de Paula Von Sperling, mais conhecida por Paulinha, foi marcada por polêmicas. Ainda assim, ela se consagrou campeã da 19ª edição. Hoje, é possível vê-la fazendo “publis” em sua conta no Instagram, que tem mais de 3,1 milhões de seguidores.

Thelma (BBB 20)

A médica Thelma Assis venceu a primeira edição do BBB que misturava famosos e anônimos. Por vezes, foi considerada apática no jogo, mas soube costurar laços sólidos com outros jogadores. Desde que ganhou o jogo, é figura fácil em campanhas publicitárias na TV e na internet, além de comentarista do programa “Encontro”, da TV Globo.

Juliette (BBB 21)

A paraibana foi a grande sensação da última edição do reality, faturando o prêmio depois de uma longa jornada – por vezes, solitária – dentro da casa. Atualmente, Juliette investe na carreira de cantora e faz publicidade em seu perfil no Instagram que tem nada menos que 30,6 milhões de seguidores.

Arthur Aguiar (BBB 22)

O ator e cantor Arthur Aguiar foi o primeiro participante do grupo Camarote (comporto por pessoas famosas) a vencer o reality show. Separado de Maíra Cardi, ele vem se dedicando à carreira artística e aprimora também seu lado empresário.

Amanda Meirelles (BBB 23)

Um ano após vencer o BBB 23, Amanda Meirelles revelou o que fez com a quantia do prêmio. “Meu dinheiro está bem guardado. Eu estudo, investi em algumas aplicações. Uma parte eu deixo investida e outra, deixo circular. Só quem viveu com a falta do dinheiro sabe a importância que ele tem e morre de medo de perdê-lo”, disse a médica recentemente.

António Oliveira reclama de arbitragem, mas vê justiça no 0 a 0

Treinador do Corinthians, António Oliveira criticou a arbitragem do carioca Yuri Elino Ferreira da Cruz no 0 a 0 com o Atlético-MG. O português apontou que o juiz buscou “compensar” a expulsão de Battaglia, do Atlético-MG, no final do primeiro tempo. O comandante, inclusive, foi o expulso após o apito final da partida válida pela primeira rodada do Brasileirão.

“Cada um faz seu trabalho como pode, agora o juiz, eu não gostaria de ter essa função, o mundo está de olho, não pode falhar, tem família, com certeza faz as coisas de forma honesta, não há dúvida. Agora, não pode querer na segunda parte compensar algo que ele fez e fez bem”, começou António Oliveira.

Ainda nesta linha de reclamações, Oliveira destacou que a segunda etapa teve mais da metade do tempo de bola parada. Ou seja, na visão de António, o carioca ‘picotou’ demais a partida em São Paulo. Do lado do Atlético, inclusive, também houve reclamações da arbitragem.

“Na segunda parte, ele estava a compensar algo que (achou) que tinha errado, mas que acertou e fez bem… Não é possível numa segunda parte, ter 60% de bola parada. Para valorizar o espetáculo, temos de começar por algum lado. Há problemas de critério. Acho que ele foi mal para os dois lados, mas não vou bater mais, fez o melhor que pode “, acrescentou António Oliveira.

E a atuação do Corinthians?

Por fim, António Oliveira definiu como justo o empate em 0 a 0 na Neo Química Arena. Ele aproveitou para explicar o porquê do seu time, mesmo com um a mais durante todo o segundo tempo, não ter balançado as redes.

“Poderíamos ter feito um pouco mais, mas não podemos apontar nada. Não jogamos sozinhos, mas contra um adversário do ponto de vista individual de muita qualidade. Nosso time foi equilibrado. Não é por ter dez na frente que terei mais chances de gol, ia desequilibrar a equipe. Quanto melhor defendermos, mais conforto damos a quem ataca. Minhas equipes são defensivamente seguras e equilibradas. Foi um resultado até justo, num jogo difícil, poderíamos ter ganho, mas somamos um ponto num início de uma maratona grande que é o Brasileirão”, comentou o português.

Com um ponto em um jogo, o Corinthians agora fará três jogos seguidos fora de casa: Juventude e Red Bull Bragantino pelo Brasileirão nos dias 17 e 20, e Argentinos Jrs (ARG), mas pela Sul-Americana, no dia 23. Assim, o time de António Oliveira só volta à Neo Química Arena para o embate contra o Fluminense, daqui a dois domingos (28).

“Um início de uma nova temporada, de um Brasileiro, que é muito difícil, não há adversários fáceis. Calhou de o primeiro jogo em casa ser contra um dos candidatos ao título, pelos investimentos, com jogadores há muito tempo juntos. Jogo de muitos duelos físicos, tiramos vantagem disso com a expulsão”, analisou António Oliveira.

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Ataque do Irã deve elevar preço do petróleo e pressionar Petrobras por reajuste

O aumento da tensão no Oriente Médio com o ataque de drones e mísseis feito pelo Irã ao território de Israel na noite deste sábado, pelo horário do Brasil, deve pressionar ainda mais a cotação do preço do barril petróleo no mercado internacional.

Segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO, a preocupação é o envolvimento direto do Irã na guerra, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com mais de 4,3 milhões de barris de óleo extraídos por dia. Isso pode elevar a pressão para que a Petrobras eleve os preços dos combustíveis no Brasil.

O Irã também é um dos integrantes da Opep, cartel formado por países que mais produzem óleo e gás.

Para Cleveland Prates, professor de Economia da Fundação Getulio Vargas Law (FGV), a entrada do Irã é um problema a mais e aumentará a especulação em torno do preço do petróleo.

Salto de 17% no preço neste ano

A expectativa de aumento no preço da commodity ocorre em um momento em que o barril já subiu 17% neste ano, passando de US$ 77 para os atuais US$ 90, segundo dados da Bloomberg.

— O preço do petróleo vai subir com a expectativa do que pode acontecer nos próximos dias e se o conflito vai escalonar. O temor é que uma guerra possa afetar a oferta de petróleo, já que o Irã conta com refinarias, por exemplo — disse Prates.

Disputa pelo comando da Petrobras:

‘Machucado’ e ‘no limite’: o desabafo do presidente da Petrobras a amigos

Prates faz piada: posta que sai da Petrobras… hoje às 20h e volta amanhã às 7h

Disputa em torno do comando da Petrobras cria apreensão no conselho, que teme paralisia na estatal

Haddad, que sempre foi escudo de Prates na Petrobras, não será mais seu fiador

Ministros de Lula selam acordo pelo pagamento de dividendos extras da Petrobras

Ele lembra que o ritmo de alta da cotação do petróleo vai depender da intensidade do conflito nos próximos dias e qual será na prática o papel dos Estados Unidos.

— Os Estados Unidos sabem que, mesmo sendo aliados de Israel, não querem uma pressão sobre o preço do petróleo neste momento, o que pode afetar em cheio a inflação americana. E isso pode ser ruim para as eleições nos EUA — explicou Prates.

Sergio Araujo, presidente-executivo da Abicom, associação que reúne os importadores de combustíveis, afirmou que a expectativa é de aumento de preços:

— Um conflito entre Israel e Irã pode gerar mais restrições nas movimentações de petróleo e de derivados e isso deve pressionar sim um aumento de preço.

Ele afirmou ainda que, com o ataque do Irã e a expectativa de alta nos preços, a defasagem da Petrobras deve aumentar. Na sexta-feira, os preços cobrados pela estatal estavam 19% menores em relação ao praticado no exterior. Dados internos da estatal, segundo fontes, apontam para uma defasagem de 6% na gasolina.

— E isso vai elevar a pressão para que a Petrobras faça ajustes no seu preço.

Governo federal suspende contratos de publicidade com o X

O governo federal suspendeu todos os contratos de publicidade com o X (antigo Twitter). A decisão, tomada nesta sexta-feira (12), ocorre após ataques do dono da empresa, Elon Musk, contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras autoridades brasileiras.

De acordo com dados do Portal da Transparência, o governo federal já investiu R$ 5,4 milhões em publicidade no X, sendo que R$ 654 mil foram entre 2023 e 2024. A decisão de suspender novos investimentos na plataforma vale para os futuros contratos. Nas últimas semanas, Musk tem afirmado que o Brasil “vive uma ditadura”, acusa Alexandre de Moraes de “censura” e disse que publicaria decisões do Supremo que determinaram a suspensão de perfis de “jornalistas e políticos”.

No entanto, Elon não cumpriu a promessa até o momento. Por decisão de Moraes, o X pode ter de pagar R$ 100 mil em multas, por dia, caso reative perfis que estão bloqueados por decisão da Justiça.

Em um discurso realizado nesta semana, o presidente Lula afirmou que o avanço da extrema-direita tem permitido que “empresário americano, que nunca produziu um pé de capim desse país, ouse falar mal da Corte brasileira, dos ministros brasileiros e do povo brasileiro”.

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