Abram alas para os carros do bem

Terminado o surto de coronavírus, novos modelos elétricos ganham as ruas do Brasil, com potência, estilo e boas intenções

 

É consenso que, passado o surto do coronavírus, aqui e em todo o lugar do Planeta, a forma de encarar a vida, as relações humanas, as coisas de um modo geral não serão como antes. Queremos crer que serão melhores, mais afetivas, mais solidárias, mais responsáveis, mais funcionais, mais sustentáveis. Será um momento estratégico, inclusive, para as montadoras, que, a rigor, já vinham se preparando para uma guinada em seus negócios, consolidarem sua marca no mercado, apresentando carros que “conversem” com as propostas do aguardado novo mundo.

E o que seria estar em sintonia com uma nova vida no trânsito? Grosso modo, significa oferecer automóveis que não poluam, não agridam a natureza, que não nos, vá lá, constranjam de dirigi-los enquanto estivermos indo para o trabalho, para o lazer, porque estaremos apenas exercendo nosso prazer ao volante, sem provocar efeitos colaterais no meio ambiente.

No Brasil, o cronograma de lançamentos das montadoras certamente vai ser revisto. Tudo leva a acreditar, porém, que, ainda este ano, iremos ver circulando pelas ruas ou, quem sabe?, estaremos todos pimpões a bordo de algumas das beldades abaixo, boas de estilo, de desempenho e, melhor do que tudo, elétricas ou híbridas, cheias de boas intenções com a natureza.

A título de exemplo, fiquemos apenas com algumas das atrações das quatro grifes-ícones alemãs:
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Audi e-tron: mais importante lançamento da Audi, é o seu primeiro carro elétrico. Não polui e anda como carro de gente grande. O motor gera o equivalente a 408 cavalos de potência, acelerando de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos. A autonomia, de 417 km, é mais do que o suficiente para rodar sem receios de ficar a pé no meio do caminho.

BMW 330e: versão híbrida plug-in da Série 3, o sedã é capaz de rodar até 66 km sem consumir uma gota de gasolina. O motor, de 252 cavalos de potência total, sai da inércia e chega a 100 km/h em respeitáveis 5,9 segundos e pode chegar a 230 km/h.

Porsche Taycan: elétrico, sim, mas não nos esqueçamos de que se trata de um Porsche. A marca está tão confiante na proposta de esportividade que trará três opções de motorização. O (ainda) mais ligeiro é o Turbo S. Para lá de apimentado, desenvolve 761 cavalos de potência. E o que se pode fazer com isso? Um exemplo: acelerar de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos.

Mercedes-Benz EQC 400 4MATIC: A classuda montadora alemã também entrou com as quatro rodas no terreno dos elétricos. Equipado com motor de 408 cavalos é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos e atingir 180 km/h — velocidade controlada eletronicamente. Sua autonomia é de 440 km.
Fonte: Exame

A empresa americana que defende ‘compostagem humana’ como alternativa ‘verde’ a enterro ou cremação

Fundadora de companhia diz que a técnica ajuda a reduzir emissões de carbono, contribuindo com o combate às mudanças climáticas.

Uma empresa dos EUA divulgou detalhes científicos de seu processo de “compostagem humana” para funerais ambientalmente amigáveis.

Um estudo piloto produzido com voluntários que morreram mostrou que os tecidos humanos se decompuseram de forma segura e completa em 30 dias.

A empresa Recompose diz que esse processo economiza mais de uma tonelada de carbono em comparação com a cremação ou o enterro tradicional.

Ela afirma que oferecerá o primeiro serviço de compostagem humana no Estado de Washington (EUA) a partir de fevereiro.

A diretora-executiva e fundadora da Recompose, Katrina Spade, disse à BBC que preocupações quanto às mudanças climáticas são um dos principais motivos que levam muitas pessoas a manifestar interesse no serviço.

“Até agora 15 mil pessoas assinaram nossa newsletter. E a legislação para permitir isso no Estado recebeu apoio bipartidário, permitindo que ela fosse aprovada na primeira vez que foi protocolada”, diz ela.

“O projeto avançou tão rapidamente por causa da urgência da mudança climática e a consciência de que precisamos enfrentá-la”.

Spade conversou comigo conforme os resultados de um estudo científico sobre o processo de compostagem, que a Recompose chama de redução orgânica natural, eram apresentados no encontro da American Association for the Advancement of Science (associação americana para o avanço da ciência) em Seattle.

“Há uma praticidade amorosa nisso”, ela disse em uma das raras entrevistas desde que anunciou os detalhes do projeto, há um ano.

Ela me disse que teve a ideia há 13 anos, quando começou a pensar sobre sua própria mortalidade — à idade madura de 30 anos!

“Quando eu morrer, este planeta, que me protegeu e sustentou por toda a minha vida, não deveria receber de volta o que me restou?”

“É simplesmente lógico e também lindo.”

Spade faz uma distinção entre decomposição e recomposição. A primeira acontece quando um corpo está sobre o solo. A segunda envolve integrar-se com o solo.

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Ela diz que, em comparação com a cremação, a redução natural orgânica de um corpo impede que 1,4 tonelada de carbono seja lançado na atmosfera.

E ela acredita que haja uma economia similar quando o método é comparado com o enterro tradicional se levados em conta o transporte e a fabricação de um caixão.

“Para muitas pessoas, isso dialoga com a forma com que elas tentam conduzir suas vidas. Elas querem um plano de morte que dialogue com a forma como elas vivem.”

O processo envolve deixar o corpo em um compartimento de fechado com pedaços de madeira, alfafa e palha. O corpo é lentamente girado para permitir que micróbios o consumam.”

Trinta dias depois, os restos ficam disponíveis para que familiares os despejem em plantas.

Embora o processo seja simples, o aprimoramento da técnica levou quatro anos de estudos científicos. Spade pediu à cientista do solo Lynne Carpenter Boggs que realizasse o trabalho.

A compostagem de animais de rebanho é uma prática antiga no Estado de Washington. A missão de Carpenter Boggs era adaptá-la a humanos e garantir que os vestígios fossem ambientalmente seguros.

Ela fez estudos-piloto com seis voluntários que deram consentimento antes de morrer. Ela me disse que o trabalho teve um peso emocional para ela e sua equipe.

“Nós ficávamos conferindo uns aos outros. Minha fisiologia parecia diferente, eu não dormi bem algumas noites, não tive fome — foi uma resposta a um distúrbio”.

Carpenter-Boggs descobriu que o corpo em recomposição alcançava a temperatura de 55 graus Celsius durante um certo período.

“Estamos certos de que ocorre uma destruição da ampla maioria de (organismos causadores de doenças) e remédios por causa das altas temperaturas que alcançamos.”

O negócio da recomposição começará no fim deste ano. Qualquer um poderá participar do processo, mas ele só é legal no Estado de Washington. No Colorado, discute-se a aprovação de uma lei sobre a redução orgânica natural. Spade acredita que é uma questão de tempo até que o método esteja disponível amplamente — nos EUA e em outros lugares.

“Esperamos que outros Estados abracem a ideia depois que começarmos em Washington. Tivemos muito entusiasmo no Reino Unido e em outras partes do mundo, e esperamos abrir filias no exterior quando pudermos.”

Fonte:G1

Petrobras pode importar combustível caso greve se prolongue

A greve na Petrobras completa hoje 17 dias. De um lado, os grevistas vem tentando lançar no ar, em vários comunicados, o perigo do desabastecimento.

 

Do outro, a Petrobras, tem praticado uma política de estoques reforçados nas refinarias para garantir que os combustíveis cheguem aos postos.

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Por enquanto, as equipes de técnicos (em geral, ex-funcionários da própria Petrobras) contratados de modo emergencial para operar refinarias e outros setores têm conseguido evitar o desabastecimento.
Fonte: O Globo

EUA retiram Brasil da lista de nações em desenvolvimento e restringem benefícios comerciais ao país

Principal objetivo americano é atingir China, que também se apresenta na OMC como país em desenvolvimento

O governo de Donald Trump publicou nesta segunda-feira (10) uma norma que retira o Brasil da lista de nações consideradas em desenvolvimento e que dava ao país determinados privilégios comerciais.

Além do Brasil, foram afetados outros 18 países, como Argentina, Índia e Colômbia, que agora podem ser alvo dos EUA caso seja comprovado que eles subsidiam produtos acima de um determinado teto, por exemplo.

O principal objetivo do governo Trump, segundo nota, é reduzir o número dos países em desenvolvimento que poderiam receber tratamento especial sem serem afetados por barreiras contra seus produtos.

O americano quer atingir principalmente a China, potência asiática com quem trava uma guerra comercial há anos e que também se apresenta na OMC (Organização Mundial do Comércio) como país em desenvolvimento.

Diplomatas brasileiros dizem que a lista restringe apenas o cálculo de medida compensatória para a investigação de subsídios, mudança considerada pequena e que não vai afetar temas importantes relacionados ao comércio internacional. Ainda segundo eles, a mudança de teto de subsídios baixou pouco, com variações de 1% a 2%.

Durante a visita de Jair Bolsonaro a Washington, em março do ano passado, o presidente brasileiro aceitou abrir mão de seu status de país em desenvolvimento na OMC em troca do apoio dos EUA à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o clube dos países ricos.

Na OMC, não há definições de países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Os integrantes anunciam por si mesmos qual status em que se colocam, mas outros membros podem contestar a auto-nomeação.

Entre os benefícios dados aos países emergentes estão prazos mais longos para implementação de acordos e compromissos, medidas para aumentar oportunidades comerciais, entre outros.

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Com a decisão publicada nesta segunda pelo USTr, o representante comercial americano, os EUA abrem margem para impor barreiras a produtos brasileiros que antes poderiam estar protegidos pelo status de “em desenvolvimento” do país e confronta no mínimo simbolicamente a relação que o governo brasileiro diz ter com Trump.

Num primeiro momento, porém, especialistas fazem coro aos integrantes do Itamaraty e afirmam que a medida não deve afetar tão significativamente o Brasil.

Mesmo na OMC o país já vem usando pouco esse instrumento e, na última grande negociação, de facilitação de comércio, em 2013, renunciou à flexibilidade em quase todos os compromissos, utilizando apenas da extensão de alguns prazos.

Para os EUA, o Brasil está no G20, por exemplo, grupo de economias desenvolvidas e, portanto, não poderia seguir com status de emergente.

Entre as consequências práticas de deixar o status na OMC –mas não na mudança da lista dos EUA– poderia estar o fim da isenção unilateral de tarifas em exportações, pelo SGP (Sistema Geral de Preferências), do direito a acordos parciais de comércio com outros países em desenvolvimento e de parte dos empréstimos do Banco Mundial.

Um dos principais objetivos dos EUA é acabar com a possibilidade de países se autodefinirem como “em desenvolvimento”, para tentar atingir a China, com quem os americanos travam uma guerra comercial há anos.

Os chineses se declaram emergentes na OMC e os EUA propõem que países que são membros ou estão em processo de acesso à OCDE, além de membros do G20, por exemplo, como é o caso de Pequim, não possam se autodeclarar nesse status.

Fonte: Folha de São Paulo

Preço da carne cai, e inflação oficial fica em 0,21% em janeiro, aponta IBGE

Taxa é a menor para um primeiro mês do ano desde o início do Plano Real, em julho de 1994.

Depois de uma disparada em 2019, a carne carne ficou mais barata em janeiro e puxou a desaceleração da inflação oficial neste início de ano. Considerado a inflação oficial do Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,21% em janeiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a menor taxa para um mês de janeiro desde o início do Plano Real, em julho de 1994.

Em dezembro, o indicador havia ficado em 1,15%. Em 2019, o IPCA ficou em 4,31%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4,25%, na maior inflação anual desde 2016, quando ficou em 6,39%.

Contribuições

A maior influência de queda veio dos preços das carnes, que recuaram 4,03% no mês, depois de uma alta de 18,06% no mês anterior. De acordo com o IBGE, as carnes contribuíram com -0,11 ponto percentual no índice do mês, o maior impacto negativo sobre o indicador.

“Tivemos uma alta muito grande no preço das carnes, nos últimos meses do ano passado, devido às exportações para a China e alta do dólar que restringiram a oferta no mercado interno. Agora, percebemos um recuo natural dos preços, na medida em que a produção vai se restabelecendo para atender ao mercado interno”, apontou em nota o gerente do IBGE, Pedro Kislanov.

No lado das altas, os destaques foram o plano de saúde (0,60%) e os produtos farmacêuticos (0,33%).

Grupos de despesas

A queda no preço das carnes influenciou a desaceleração na inflação do grupo alimentação e bebidas, cuja taxa recuou de 3,38% em dezembro para 0,39% em janeiro. Entre os grupos de despesa, houve contribuição negativa também de saúde e cuidados pessoais (cuja taxa passou de 0,42% para -0,32%), principalmente por conta produtos para pele (-6,51%) e dos perfumes (-4,66%).

Ficaram menores também as taxas de vestuário (de 0 para -0,48%), transportes (de 1,54% para 0,32%), despesas pessoais (de 0,92% para 0,35%), educação (de 0,2% para 0,16%) e comunicação (de 0,66% para 0,12%).

O IBGE destaca que o resultado dos transportes, que passaram a ter o maior peso na nova cesta, foi puxado pela gasolina (0,89%) e o etanol (2,59%). Os preços dos ônibus urbanos variaram 0,78%, devido aos reajustes nas tarifas em várias regiões. Já o maior impacto negativo (-0,05 p.p.) veio das passagens aéreas (-6,75%), que haviam apresentado alta de 15,62% no índice de dezembro.

Na outra ponta, destaque para o grupo habitação, cuja taxa acelerou de -0,82% em dezembro para 0,55% em janeiro. Já a taxa de artigos de residência passou de -0,48% para -0,07%.

Mudança no cálculo

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O IPCA de janeiro já reflete a mudança no cálculo anunciada em outubro do ano passado. Diante dos novos hábitos de consumo dos brasileiros, identificados por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, o IBGE decidiu alterar em 2020 a cesta de produtos e serviços pesquisados mensalmente para se aferir a inflação.

A nova estrutura do IPCA considera 377 produtos e serviços, com seis subitens a menos que a divulgada até 2019.

A pesquisa passa a incluir o acompanhamento de preços de 56 novos itens, como tratamento de pets e macarrão instantâneo. Já itens cujo peso ficou menor no orçamento das famílias, como aparelhos de DVD, máquinas fotográficas, microondas, orelhões e liquidificadores, saíram do cálculo.

A maior mudança foi a alteração do peso do grupo de transportes na composição do IPCA. Pela primeira vez, ele superou o grupo de alimentação e bebidas no orçamento familiar do brasileiro. Os transportes passam a representar 20,8% do indicador da inflação, enquanto o de alimentos passa a ser de 19%.

Perspectivas para 2020

Apesar da maior pressão inflacionária a reta final de 2019, puxada principalmente pelo alta do preço da carne, a expectativa é que a inflação permanecerá em patamar baixo este ano.

Para 2020, os economistas das instituições financeiras projetam um IPCA em 3,40%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Neste ano, o centro da meta é de 4%, um pouco menor que em 2019. A meta terá sido cumprida se o índice oscilar de 2,5% a 5,5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros. A Selic terminou 2019 a 4,5% ao ano, nova mínima histórica, após novo corte de 0,5 ponto em dezembro, quando o BC indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto.

A expectativa atual do mercado para a taxa básica de juros é de que a Selic encerre este ano no patamar atual, em 4,25%.

INPC é o menor para janeiro desde 1995

O IBGE também divulgou nesta sexta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referente às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.

O INPC teve alta de 0,19% em janeiro, abaixo dos 1,22% registrados em dezembro. Esse também foi o maior resultado para um mês de janeiro desde o início do Plano Real. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 4,3%. Em janeiro de 2019, a taxa foi de 0,36%.

Fonte: G1

Bolsas da China têm maior recuo desde 2015

Com a reabertura do mercado financeiro na China após 10 dias fechado, já era esperado um derretimento nas ações; momento é de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no gigante asiático.

As bolsas da China continental registraram nesta segunda-feira (3) baixas expressivas de mais 7%, o maior recuo diário desde 2015, em um momento de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no gigante asiático.

O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de 7,72%, a 2.746,61 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, terminou em contração de 8,41%, a 1.609,00 pontos.

Esta foi a primeira sessão das Bolsas chinesas após o longo recesso das férias do Ano Novo lunar. As Bolsas de Xangai e Shenzhen estavam fechadas desde 24 de janeiro, um dia após o início da quarentena em Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus.

As vendas generalizadas reduziram em cerca de US$ 400 bilhões o valor total das ações no mercado chinês.

Bolsas asiáticas

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Os índices das bolsas ao redor do mundo registraram baixas consideráveis nos últimos 10 dias em consequência da epidemia na China. Nesta segunda-feira, a Bolsa de Hong Kong encerrou a sessão com alta de 0,17%.

“O pânico dos investidores se propagou rapidamente a todos os níveis e dominará o mercado a curto prazo”, declarou à France Presse Yang Delong, economista do First Seafront Fund.

Mais de 2.600 ações caíram até o limite diário de 10%, de acordo com a agência Bloomberg. O yuan registrou desvalorização de 1,5%, superando o limite chave de US$ 7. Já a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,01%. O índice Nikkei perdeu 233,24 pontos, a 22.971,94 unidades.

Com a reabertura do mercado financeiro na China, já era esperado um derretimento nas ações. Para evitar maiores danos, o Banco Central chinês anunciou uma injeção de US$ 175 bilhões para estimular economia.

Em comunicado, o BC chinês informou que a operação servirá para manter “uma liquidez razoável e abundante” no sistema bancário, assim como para estabilizar o mercado de câmbio.

Fonte: G1

Com petróleo no quintal, família é obrigada a abandonar a pecuária e se apega à possibilidade de ficar rica

Família descobriu petróleo em propriedade do interior do Paraná em 2012 e desde então espera resposta da ANP; óleo inviabilizou produção de leite, que era fonte de renda.

Há oito anos a família Maciel espera por uma resposta. Ela aguarda o retorno da Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre a exploração das terras do Ervino Maciel, em Itapejara D’Oeste, no sudoeste do Paraná, onde foi encontrado petróleo.

A descoberta ocorreu em 2012, após uma análise da Mineração do Paraná (Mineropar). O estudo concluiu que o solo da propriedade de Ervino possui, a mil metros de profundidade, rochas semelhantes às encontradas em áreas petrolíferas.

Procurada pelo G1, a ANP disse que, apesar da existência do petróleo no sítio, não há, no momento, área licitada ou previsão de licitar região que abranja Itapejara D’Oeste.

A agência explicou que, pela legislação brasileira, quando uma área com o recurso natural é licitada, explorada e as operadoras produzem petróleo ou gás natural em uma propriedade particular, a empresa paga ao dono das terras uma participação sobre o que foi produzido. Contudo, os recursos são do governo federal. (Entenda mais ao final da reportagem).

Prejuízos

Mesmo com o passar dos anos, a família revelou que tem esperança de, um dia, ter o retorno positivo da agência, segundo a neta Patrícia Aparecida Misturini.

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“Quando o pessoal da ANP veio no sítio, eles disseram que essas coisas demoram mesmo. Sinto que 2020 será o ano! Tomara que esse 2020 venha para resolver todos os problemas.”

Apesar das expectativas positivas, a família disse que já pagou caro pelo petróleo no solo do sítio. Eles foram obrigados a abandonar a pecuária.

Conforme a neta de Ervino, os exames que descobriram o petróleo só foram feitos após algumas vacas da propriedade morrerem.

Patrícia explicou que, por causa do petróleo no solo, as águas do sítio ficaram contaminadas e mataram os animais.

Além de a família ter que se desfazer do gado de leite, os avós dela também ficaram sem água potável.

Com a água contaminada, um vizinho de Maciel cedeu a água de um poço, que foi encanada, para que a família pudesse ter água limpa novamente.

Fonte: G1

Presidente da Casa da Moeda nomeia advogado de empresa da família

Estatal mudou regras para permitir que advogado não precise trabalhar no Rio de Janeiro

O presidente da Casa da Moeda, Eduardo Zimmer Sampaio, nomeou o advogado da empresa de sua família e amigo Jimmy Bariani Koch como assessor para processo de negociações coletivas de trabalho. A Casa da Moeda conta hoje com 24 advogados em sua assessoria jurídica.

Nomeado em regime de teletrabalho (home office), Koch não precisa deixar Porto Alegre, onde mantém um escritório, para prestar serviços à Casa da Moeda.

O advogado foi nomeado por Sampaio no dia 31 de outubro de 2019, sendo vinculado à Diretoria de Compliance como celetista e com salário de R$ 16,5 mil mensais. Em dezembro, sua remuneração foi de R$ 19,3 mil, incluindo parcela do 13º terceiro.

Koch atua há pelos menos cinco anos como defensor da Sampaio Distribuidora de Aço, empresa da família do presidente da Casa da Moeda. Ele foi sócio e diretor da distribuidora por 16 anos, até 2016.

O comando da estatal diz que a reconhecida experiência de Koch, grau de confiança e inexistência de conflito de interesses levaram a sua contratação, “lembrando que se trata de cargo de livre nomeação e de confiança do presidente da empresa”.

“Considerando que, desde o início, o assessor informou que não abriria mão da advocacia particular, pois não poderia abandonar seus clientes, a Casa da Moeda fez questionamento ao Comitê de Ética sobre a existência de algum impedimento”, afirmou, em nota, o diretor de Compliance, Marcelo Corletto.

Como resposta, acrescentou, “o Conselho de Ética informou não haver impedimentos, salvo em relação ao exercício da advocacia contra a própria Casa da Moeda ou a União”.

Segundo a página do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (Santa Catarina) na internet, dois meses antes de ser nomeado assessor da instituição, Koch foi designado representante legal da Sampaio Distribuidora de Aço em uma ação movida por um ex-funcionário da empresa.

No dia 22 de outubro, nove dias antes da nomeação, a Casa da Moeda publicou as normas para um projeto-piloto de teletrabalho. A regra permitia que o empregado ficasse em regime de teletrabalho de três até quatro dias por semana, devendo comparecer nos demais.

No dia 1º de novembro, esse parágrafo ganhou novo texto, excluindo a necessidade de comparecimento à empresa. Pela nova regra, o empregado deverá ser avisado com ao menos uma semana de antecedência quando sua presença for necessária.

Sampaio e Koch estudaram no mesmo colégio em Porto Alegre. A mulher do presidente da estatal é amiga da esposa de Koch e de outros parentes do advogado, segundo registro das redes sociais.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Moedeiros, até hoje, o advogado esteve duas vezes no escritório da Casa da Moeda, uma delas para a sua nomeação.

“Ali é a república do Rio Grande do Sul”, disse o presidente do sindicato, Aluizio Júnior, em alusão à presença de três gaúchos nas cinco cadeiras de comando da instituição.

O sindicalista conta que, na sexta-feira (10), data marcada por paralisação de funcionários, uma reunião entre a diretoria a os empregados foi encerrada em plena costura de um acordo porque Koch não atendia aos telefonemas da diretoria. Presentes, as chefes do departamento jurídico da estatal não foram consultadas sobre a proposta em debate.

Como Koch não respondia às chamadas, a negociação teve que ser interrompida, alimentando novas discussões.

A diretoria da estatal afirma que o assessor não foi nomeado como advogado da Casa da Moeda, “de modo que seu trabalho não substitui o prestado pelos advogados integrantes do jurídico interno da empresa”.

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O comando da empresa afirma serem trabalhos complementares, mas ressalta: “Não há como deixar de dizer, contudo, que os advogados que integram o corpo jurídico da Casa da Moeda são também empregados da empresa, de modo que toda e qualquer alteração pretendida em termos de benefícios os afeta diretamente, o que atrai possível conflito de interesses e, inclusive, pressão dos demais empregados”, diz Corletto

Uma semana após o início desses protestos, o comando da estatal instituiu comissão interna para apurar a participação dos funcionários e avaliar desconto no salário por paralisações na linha de produção de cédulas, moedas, passaportes e selos.

A comissão terá também a atribuição de investigar atos violentos no parque industrial da empresa, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Para o Sindicato Nacional dos Moedeiros, a medida é um ato de retaliação pela rejeição de proposta da diretoria para acordo de trabalho provisório.

A portaria de criação do comissão é assinada por Sampaio e tem como justificativa “as manifestações realizadas dentro e fora da CMB [Casa da Moeda do Brasil], assim como na imprensa e em redes sociais”.
Diz que considera “o respeito à garantia de liberdade de expressão, com a devida identificação de ofensas, ataques e mentiras”.

O texto determina a apuração de “abusos ocorridos, tais como ofensas, ameaças e atos de vandalismo”, com proposição de medidas cabíveis, e a “ausência [dos funcionários] dos postos de trabalho para a realização de eventuais descontos”.

No dia 10 de janeiro, funcionários pararam as atividades no meio da tarde e invadiram a área administrativa do parque industrial. Sob vaias, Sampaio teve que ser escoltado por seguranças para deixar o edifício.

No dia 13, novos protestos foram realizados, levando a direção a despachar no Museu da Casa da Moeda, no centro do Rio, a cerca de 70 quilômetros de distância da fábrica. Há relatos de brigas entre funcionários de posições políticas divergentes durante os dias de maior tensão.

No dia 16, a empresa disse que as atividades estavam normais. As paralisações não chegaram a afetar a entrega de passaportes, segundo a Polícia Federal. O Banco Central disse que mantém estoque de segurança de cédulas e moedas.

Estatal e funcionários vivem impasse relacionado à renovação do acordo coletivo em 2019, processo que chegou a ser mediado sem sucesso pelo Tribunal Superior do Trabalho. No início de 2020, a empresa anunciou o corte de benefícios enquanto o dissídio não é julgado pelo tribunal.

O sindicato diz que os cortes representam perda salarial média de R$ 2.500 e que parte dos funcionários virá com contracheque zerado no fim do mês. Eles rejeitaram proposta de acordo provisório, com vigência até o julgamento.

“Nosso entendimento é que [a criação da comissão] é uma retaliação. Se eles dizem que as atividades não estão paradas, só pode ser retaliação”, diz o presidente do sindicato, Aluizio Junior.

Ele esperava aumento da tensão para o fim do mês, quando os pagamentos de janeiro serão feitos, mas o processo foi antecipado por entrevista do diretor de Gestão da Casa da Moeda, Fábio Rito Barbosa, ao canal Globonews, falando sobre reestruturação da companhia e privatização.

Parte do programa de desestatização do governo de Jair Bolsonaro, a Casa da Moeda vem passando por um processo de reestruturação desde 2017, o primeiro de uma série de três anos de prejuízo —causado, naquele ano, pela perda de R$ 1,4 bilhão em receita com o fim dos selos de controle e bebidas alcoólicas.

Escalado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) para a tarefa de arrumar a estatal, Sampaio substituiu os integrantes do comitê de elegibilidade da empresa para aprovar a nomeação do amigo Saudir Luiz Filliberti e de Rito para cargos de diretores, após rejeição por “ausência do preenchimento de requisitos” para os cargos.

A Casa da Moeda não respondeu aos pedidos de esclarecimentos sobre a comissão para investigar mobilizações.

Fonte: Folha de São Paulo

Depois do INSS, Receita Federal também pode entrar em colapso, alerta associação

O próximo órgão público a enfrentar uma grave crise institucional por falta de servidores — como a que ocorre no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) — pode ser a Receita Federal. O alerta foi dado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais do órgão, a Anfip, cujo levantamento apontou uma perda de mais de um terço do quadro funcional especializado nos últimos 10 anos.

O cargo de auditor-fiscal foi o que teve a maior redução de pessoal, de 34%, caindo de 12.721 servidores, em janeiro de 2009, para 8.477 auditores, em novembro de 2019. Esse número já diminuiu depois da promulgação da Emenda Constitucional 103 (reforma da Previdência), quando mais 130 auditores se aposentaram.

O presidente da Anfip, Décio Lúcio Lopes, explicou que, se não houver concurso para a reposição do quadro funcional em breve, pode haver dificuldade na prestação de serviços à população, como análise do Imposto de Renda (restituição e malha fina, por exemplo) e realização de consultas técnicas ao contribuinte. A crise pode provocar até o fechamento de agências por falta de funcionários. E o resultado pode ser perda de arrecadação de tributos.

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— Cada auditor-fiscal representou, no ano passado, R$ 89 milhões na média de recuperação fiscal. O número de empresas formais aumenta, enquanto diminuiu o número de auditores para fiscalizá-las. Também vem reduzindo o número desses servidores nas alfândegas, nas fronteiras, e isso dificulta o combate à sonegação tributária. Cada vez que ocorre uma ação em portos e aeroportos, há uma possibilidade de arrecadação para o Estado muito grande — contou Lopes.

O presidente da Anfip disse que se reuniu algumas vezes com a diretoria da Receita Federal para alertar sobre a necessidade da realização de novos concursos, mas o órgão não deu uma previsão para que isso ocorra. O último processo seletivo para o Fisco foi realizado em 2014 e teve a entrada de 278 auditores-fiscais, segundo o levantamento feito pea associação.

Fonte: Extra

Anvisa aprova proposta que simplifica importação de produtos à base de canabidiol

Processo passa a ser totalmente online, sem envio de documentação pelos Correios. Atualmente, análise de cada pedido dura em média 75 dias, segundo a Anvisa.

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (22) uma proposta para simplificar o procedimento para importação de produto à base de canabidiol para uso pessoal.

No começo de dezembro o órgão liberou a venda em farmácias de produtos à base de cannabis para uso medicinal no Brasil. Ainda no ano passado, a Anvisa rejeitou o cultivo de maconha para fins medicinais no Brasil. Com a decisão que veta o cultivo, fabricantes que desejarem entrar no mercado precisarão importar o extrato da planta.

A decisão desta quarta-feira tem foco nos pacientes que importam os medicamentos já disponíveis no mercado internacional.

Nova resolução

A nova resolução começa a valer a partir do dia em que for publicada no Diário Oficial da União (DOU). A assessoria de imprensa do órgão não informou a data prevista da formalização até a mais recente atualização desta reportagem.

Uma minuta da nova resolução foi divulgada na reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa. Veja as principais mudanças:

  • Fim da exigência do paciente informar a quantidade de medicamento a ser importado. O monitoramento passa a ser feito na alfândega.
  • Ampliação da validade de autorização de importação de um para dois anos.
  • Extinção da lista de produtos analisados pela Anvisa, para evitar “o favorecimento indevido de empresas e produtos”.
  • A importação pode ser realizada pelo responsável legal do paciente ou por procurador legalmente constituído.
  • Fim do envio postal de documentação; agora o pedido de autorização será feito exclusivamente pelo Portal Único do Cidadão.
  • Para o cadastramento [no Portal Único] será necessário apresentar a prescrição do produto por profissional legalmente habilitado, contendo obrigatoriamente o nome do paciente e do produto, posologia, data, assinatura e número do registro ou profissional prescritor.
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Julgamento

O presidente-diretor do Dicol, Antonio Barra Torres, relator da proposta, ressaltou durante o voto que a espera para análise do pedido de autorização de importação é de 75 dias atualmente. O impacto prático da nova norma neste prazo, no entanto, não foi informado.

Ao justificar a aprovação da medida, Torres ressaltou que a simplificação do processo é necessária, pois “tratam de pedidos de pacientes em tratamento, em sua maioria, de doenças graves e em uso contínuo de produto”.

O posicionamento do relator foi acompanhado posteriormente pelos diretores Fernando Mendes e Alessandra Bastos.

Fonte: G1