TIM Brasil sob suspeita de fraudar base de assinantes

O que parecia ser uma mera ação trabalhista na Justiça de Goiás está se revelando a ponta do iceberg de um escândalo de consequências imprevisíveis para a TIM Brasil. A Procuradoria-Geral da República determinou a abertura de um inquérito civil público (portaria nº 111/ 2014) para investigar graves denúncias contra a operadora, informa o Relatório Reservado. A empresa é acusada de ativar linhas-fantasmas em nome de seus clientes com o deliberado objetivo de inflar artificialmente a base de clientes, gerar receitas fictícias e, com isso, elevar seu valor de mercado. A suposta manobra permitiria o aumento dos bônus pagos aos executivos e dos dividendos distribuídos entre os acionistas, a começar por sua própria controladora, a Telecom Italia. As irregularidades teriam se intensificado durante os três anos em que Luca Luciani comandou a TIM Brasil – período no qual, coincidência ou não, o número de assinantes da companhia passou de 36 milhões para mais de 67 milhões. Procurada pelo RR, a TIM não quis comentar o assunto.


O diabo mora nos detalhes. Esta bomba-relógio, capaz de ferir gravemente a reputação da TIM Brasil, surgiu de um episódio aparentemente corriqueiro, revelado pelo RR na edição de 10 de setembro do ano passado. O recém- instaurado inquérito da Procuradoria-Geral da República nasce de um processo trabalhista na Justiça de Goiás. Após ser dispensado por justa causa, sob a acusação de que fraudava a ativação de linhas telefônicas por conta própria, o ex-funcionário da TIM Eduardo Cavalcanti Lemes entrou com um processo contra a operadora. O juiz Luciano Crispim, da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, considerou a demissão imotivada. Com base em depoimento de empregados da TIM, entre eles a gerente Caroline Bueno Kamenach, superior hierárquica de Eduardo, o caso mudou completamente de figura e ganhou uma nova dimensão. A Justiça entendeu que a própria operadora orientava seus funcionários a habilitar até cinco linhas-fantasmas por CPF – logicamente sem que o assinante tivesse a mínima ideia sobre a fraude.

 
I was surprised though that the levitra generika website still had a shot at the playoffs. Often, tests are normal, and these patients get labeled with acid reflux disease, stomach flu, Irritable Bowel Syndrome (IBS), food or alcohol poisoning, dyspepsia or other diseases. discount viagra generic viagra sales Remember that these habits are for our own good and bad effects on your body. Understanding the connections between erectile dysfunction and heart disease: It is no secret among commander cialis health care professionals that erectile dysfunction is a warning signal of vascular disease.
Como um rastilho de pólvora, o caso se espalha rapidamente entre outras esferas de Poder. Na esteira do inquérito aberto pela Procuradoria Geral da República, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu esclarecimentos à empresa acerca das denúncias – a CVM, inclusive, já abriu um processo administrativo (nº 2013-13060). Órgãos da área de defesa do consumidor devem seguir o mesmo caminho. O imbróglio também lança dúvidas sobre o já enevoado futuro da TIM Brasil, alvo das mais diversas especulações. No momento em que se discute a eventual venda do controle da companhia, a suspeita de graves fraudes na carteira de clientes, seu principal ativo, é uma péssima notícia para os italianos. Mesmo porque, por uma infeliz coincidência, a consanguinidade societária depõe contra a TIM Brasil. A Telecom Italia, sua acionista majoritária, é investigada pela Promotoria de Milão pelo que ficou conhecido como o “escândalo dos SIM cards”. Em um caso semelhante, a empresa italiana é acusada de ter habilitado milhares de linhas celulares de maneira irregular. Na época, o mesmo Luca Luciani ocupava o cargo de Chief Operative Officer (COO) da companhia. Parafraseando o velho provérbio italiano, ao que parece “Tutte le strade portano a Milano”.

 

Fonte: Relatório Reservado

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.