Clientes que entram no vermelho são impedidos pelo C6 Bank de fazer apostas em bets. O banco passou a proibir as operações nesses sites para quem exceder o limite da conta corrente.
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No momento da tentativa, o correntista recebe a seguinte mensagem: “Transações via TED, TEF e Pix: Não é permitida a realização de transações que excedam o limite da conta corrente para a realização de apostas”.
Procurado, o banco justificou a medida por conta do “cenário de superendividamento da população com jogos de apostas”. “Atento ao cenário de superendividamento da população com jogos de apostas, o C6 Bank adota como política o bloqueio do uso do cartão de crédito e do cheque especial para a realização de apostas em casas de bets”, diz a nota enviada.
O C6 não é o primeiro banco a se posicionar contra as bets. Apesar de garantir que não restringe as apostas, o Bradesco confirmou, no início desta semana, que tem orientado seus clientes, ao tentarem apostar, que o retorno financeiro não é garantido. O comunicado enviado pelo aplicativo do banco informa: “Apostas não garantem retorno financeiro e o dinheiro pode ser totalmente perdido. Cuide de sua saúde financeira e procure opções mais seguras para valorizar o seu dinheiro”. Logo após, a instituição apresenta duas opções ao cliente: fazer o Pix ou cancelar a operação.
Em resposta à medida do Bradesco, a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) posicionou que o setor de apostas no Brasil é legalizado regulamentado e considerou o alerta do banco um “tratamento desigual a um setor legítimo da economia do país”. A entidade voltou a se manifestar após o caso do C6 Bank, classificando bloqueio como fruto de “caráter seletivo dos bancos”. “Não apoiamos que uma pessoa endividada faça apostas, mas também não é coerente que o bloqueio da conta seja apenas ao gasto feito para este setor”, avaliou.