Marcando o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado nesta terça-feira (11/2), Angélica Azevedo, estudante formada em arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB), foi uma das seis premiadas na 6ª edição do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Nele, foram selecionados os trabalhos na categoria Meninas na Ciência, que reconhece e valoriza iniciativas de jovens cientistas.
A premiação contou com 765 candidaturas de todas as regiões do país, sendo 166 de alunas do ensino médio e 599 da graduação. A comissão julgadora foi responsável por selecionar as vencedoras, três do ensino médio e três da graduação, distribuídas entre três grandes áreas do conhecimento: humanidades; engenharias, exatas e ciências da terra; e biológicas e saúde.
O projeto analisa os dados do município de Cavalcante, em Goiás, sob o olhar da sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural. O local está situado próximo ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, região conhecida pelo turismo e que também abriga o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, o maior território remanescente de comunidades quilombolas do Brasil.
O objetivo da pesquisa é ajudar no equilíbrio do crescimento urbano, a preservação ambiental e a sustentabilidade por meio de soluções que vão desde infraestrutura verde e energia alternativa até o fortalecimento da economia local e do urbanismo participativo. O estudo segue as diretrizes da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em especial, o ODS 11, que incentiva cidades mais inclusivas e sustentáveis.
Em comemoração da data, a profissional falou em vídeo para o Instagram da UnB sobre o interesse pela ciência:
Angélica acredita que a conquista foi importante para mostrar como as mulheres são essenciais em todas as áreas do conhecimento e também incentivar as jovens que querem atuar na ciência. “Fiquei feliz por ter sido escolhida mesmo sendo de uma área que é conhecida pelo trabalho no mercado de alto padrão (arquitetura e urbanismo), porque mostra que, de alguma forma, estamos fazendo a diferença através do Laboratório Periférico Assessoria Sociotécnica e levando o olhar para a arquitetura e o urbanismo mais sociais e comunitários”, comemora.
*Estagiária sob a supervisão de Marina Rodrigues