Nesta semana, o destaque na newsletter A Companhia é a Vibra Energia, escolhida por Matheus Jaconeli e Bruna Sene, analistas da Nova Futura Investimentos.
A empresa, antiga BR Distribuidora, foi privatizada no ano passado, reposicionando-se no mercado como um grupo de energia, e não só de combustíveis.
No mês passado, a companhia divulgou um lucro líquido de R$ 707 milhões relativo ao segundo trimestre, com alta de 85% frente a igual período de 2021. A receita líquida atingiu R$ 47,2 bilhões, volume 62,5% maior no comparativo anual.
Neste ano, as ações da Vibra Energia (VBBR3) acumulam perda de 14%, até 8 de setembro, segundo informações do TradeMap, hub independente do mercado financeiro.
“Há bastante espaço para a recuperação dos papéis”, diz Jaconeli. No ano passado, os papéis subiram 5,6%.
Saiba mais sobre a Vibra Energia
Com 50 anos de experiência, a companhia é líder no mercado de distribuição de combustíveis e lubrificantes no país, em volume de vendas.
A empresa mantém, por meio de um contrato de licenciamento, a bandeira Petrobras em sua rede de quase 8.000 postos espalhados pelo Brasil. Possui também as lojas de conveniência BR Mania e os centros automotivos Lubrax+.
Em seu site de relações com investidores, a Vibra afirma que irá privilegiar a transição rumo a fontes energéticas mais limpas e renováveis.
Por que as ações da Vibra Energia são uma oportunidade para investir?
Jaconeli destaca que a companhia é a mais bem posicionada para o cenário de queda nos preços dos combustíveis -o que é positivo pelo lado da oferta, uma vez que seus custos diminuem.
Além de sua participação e diversificação de mercado, a Vibra possui uma grande estrutura para apoiar a demanda, em um momento em que a economia brasileira começa a melhorar, por mais que a taxa de crescimento esperada para o ano que vem seja baixa”
Matheus Jaconeli, analista da Nova Futura Investimentos
Ele lembra que, no início de setembro, o Boletim Focus do Banco Central apontou expectativa de aumento de 0,47% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, ante previsão de 0,37% no levantamento anterior.
Pontos a favor
- Bom posicionamento no mercado de distribuição de combustíveis, podendo se beneficiar da queda de preços;
- Opção de o investidor aproveitar o crescimento da economia brasileira sem se expor a setores mais arriscados.
Pontos contra
- Eventual nova escalada dos preços do petróleo, tendo em vista que a entidade que reúne os países exportadores (Opep) não planeja aumentar a oferta da commodity;
- Manutenção do conflito entre Rússia e Ucrânia pode manter os preços dos combustíveis elevados no Brasil, mesmo havendo espaço, internamente, para novas reduções;
- Piora nas perspectivas em relação à atividade econômica do país em 2023.