Gazprom avalia interesse em áreas com potencial para gás em rodada da ANP

Gazprom

A estatal russa Gazprom, maior produtora de gás do mundo, busca oportunidades de investimentos no Brasil e poderá participar da 13ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de Petróleo, marcada para outubro deste ano, afirmou o diretor para Brasil e América Latina da companhia, Shakarbek Osmonov.

Por questões de estratégia, o executivo preferiu não revelar quais bacias ofertadas na 13ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) podem interessar à Grazprom, mas explicou que o foco da companhia é gás natural, o principal insumo produzido pela empresa.

A expectativa da ANP, segundo declarações recentes de representantes, é disponibilizar em junho informações mais detalhadas sobre as áreas que serão leiloadas para empresas interessadas, quando também será publicado o pré-edital, que ainda passará por consulta e audiência públicas.

“Vamos olhar o que o governo oferece e, dependendo dessa avaliação, podemos decidir participar”, declarou Osmonov à Reuters, nos bastidores do congresso Gas Summit, no Rio de Janeiro.

Com escritório no Brasil desde 2011, a companhia ainda não tem projetos em desenvolvimento no país, mas acredita no forte potencial local, segundo afirmou Osmonov.
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“O Brasil tem grande potencial, o mercado de gás também é bastante grande, tem potencial de crescimento.”

O executivo lembrou que a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, costuma afirmar que apenas uma pequena parte das bacias sedimentares brasileiras já foi explorada.

“Tem muito trabalho pela frente e a Gazprom está acompanhando esses trabalhos”, afirmou. “Com o tempo, com exploração avançada, o Brasil pode descobrir mais gás não somente no pré-sal, mas em terra brasileira, parece que ainda não está estudado, tem muito trabalho para estudar, avaliar o potencial.”

O executivo evitou responder perguntas relacionadas a dificuldades de companhias brasileiras na exploração do gás em terra, com ausência de experiência brasileira e conhecimento mais aprofundado, além de falta de regulação ambiental específica.

Fonte: Reuters

 

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