O banco Pine lucrou R$ 37 milhões no quarto trimestre de 2013, o que representou uma queda de 22,9% em relação ao resultado de igual período do ano anterior. A retração se deveu principalmente à compressão da margem financeira.
“Foi um ano difícil em termos de cenário macroeconômico. Prudência é o nome do jogo”, diz Norberto Zaiet Junior, vice-presidente de finanças do Pine.
Em relatório, o banco explica que acelerou suas captações no último período do ano, sem destinar esses recursos para “ativos rentáveis”.
A captação total do Pine no quatro trimestre atingiu R$ 8,4 bilhões, com expansão de 6,2% em relação ao trimestre anterior. Isso contribuiu para derrubar a margem após despesas com provisão do banco, que ficou em 2,8% no quarto trimestre, ou 1,1 ponto percentual menor do que entre outubro e dezembro de 2012.
Outro efeito que contribuiu para o encolhimento da margem é o fato de o crescimento do saldo de crédito ter se concentrado em boa parte no último trimestre do ano, sem imediatamente trazer as receitas correspondentes.
De outubro a dezembro de 2013, a carteira de empréstimos ampliada, que inclui fianças e outros títulos de crédito, avançou 4,1%, para R$ 9,93 bilhões, puxada principalmente por capital de giro e repasses. No ano, a alta foi de 24,9%, impulsionada em larga escala pelas fianças.
Para este ano, Zaiet afirma que o banco deve privilegiar mais produtos como capital de giro do que fianças. A ideia é trazer para o portfólio produtos com maior rentabilidade. A projeção para o crescimento do saldo de empréstimo do Pine será feita amanhã, durante teleconferência com analistas, marcada para as 10h.
A taxa de inadimplência acima de 90 dias ficou em 0,1% em dezembro, abaixo do índice de 1,2% apresentado um ano antes.
O índice de Basileia do banco ficou em 14,1%, com queda de 1,8 ponto percentual na comparação com o terceiro trimestre. Em outubro, os bancos brasileiros passaram a adotar as novas regras de Basileia 3.
Fonte: UOL