A Brookfield Asset Management Inc., maior gestora de ativos alternativos do Canadá, está estudando investir mais de R$ 3,3 bilhões (US$ 1,1 bilhão) no Brasil, sendo dois terços desse total em ativos inadimplentes, segundo duas fontes com conhecimento direto do assunto.
Imóveis comerciais, açúcar, etanol e construção são alguns dos setores em que a Brookfield, que tem sede em Toronto, tem interesse, porque foram mais duramente atingidos por quedas nos preços e restrições de crédito, disseram as fontes, que pediram anonimato porque os planos são privados. A Brookfield já adquiriu um portfólio de ativos de energia renovável da Energisa SA por R$ 1,4 bilhão, excluindo dívida, em novembro, e um imóvel em São Paulo, por US$ 312 milhões, em setembro.
“Temos sido historicamente muito bem-sucedidos na aquisição de empresas de grande escala nos períodos em que o capital é limitado”, disse Sam Pollack, CEO da unidade de investimento em infraestrutura da Brookfield, em carta a investidores, em fevereiro. Kristhian Kaminski, porta-voz da firma, preferiu não comentar investimentos específicos.