Despesas derrubam resultado da CSN e Minerva fará parceria para levar carne à China

Petrobras, Vale, Fleury, Grendene e Lojas Renner divulgam resultados do 3º trimestre hoje

CSN

A CSN teve um prejuízo de R$ 992,9 milhões no terceiro trimestre, puxado por um aumento de quase 300% nas despesas.

O resultado negativo, que surpreendeu os analistas, foi provocado pela combinação de queda da receita líquida, significativo avanço das despesas operacionais e o aumento despesa financeira líquida, que dobrou no período.

A empresa revisou para baixo a sua estimativa para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado em 2019 para R$ 7,5 bilhões. Em julho, a companhia havia divulgado uma estimativa de atingir R$ 8,5 bilhões. No terceiro trimestre, o Ebitda ajustado caiu 4%, para R$ 1,5 bilhão.

A companhia programou para hoje, às 11h, teleconferência para discutir os resultados com acionistas e analistas.

Opinião: O BTG Pactual reduziu hoje a recomendação para as ações da CSN de compra para neutra e o preço-alvo de R$ 21 para R$ 15, após a companhia reportar resultados “decepcionantes.”

Para os analistas do banco, o balanço da CSN foi um conjunto de resultados fracos, embora o mercado já tivesse expectativas baixas para o trimestre.

Os resultados fracos registrados pela CSN no terceiro trimestre foram pressionados, entre outro pontos, pela queda no prêmio de qualidade do minério de ferro e pelo custos de frete, segundo a avaliação do Credit Suisse.

Localiza

O lucro líquido da Localiza cresceu 28% no terceiro trimestre de 2019, para R$ 204,7 milhões. O resultado foi beneficiado, segundo a empresa pelas divisões de aluguel de carros e gestão de frotas, no qual a frota média alugada subiu 34,3% e 25,7%, respectivamente, ante 2018.

Ainda assim, o resultado frustou estimativas de analistas por causa das vendas de seminovos, uma questão que preocupa o setor.

A empresa programou teleconferência para as 12h para discutir os resultados.

Petrobras

O conselho de administração da Petrobras ratificou a assinatura e aprovou ajustes na minuta do termo aditivo do contrato de cessão onerosa. O aditivo prevê o ressarcimento à Petrobras de US$ 9,058 bilhões, equivalentes a R$ 34,075 bilhões.

O Congresso aprovou um projeto de lei que abre crédito especial de R$ 40,5 bilhões para a União pagar à Petrobras os valores correspondentes a revisão do acordo do contrato de cessão onerosa.

A Petrobras divulgará hoje os resultados do terceiro trimestre. A expectativa de analistas ouvidos pelo Valor é de um lucro de lucro líquido de R$ 10,9 bilhões, crescimento de 63% ante igual período do ano passado.

Temporada de balanços: saiba o que olhar nos resultados das empresas

Minerva

O frigorífico Minerva e a Joey Foods farão uma parceria para importação e distribuição da carne na China. A brasileira terá 51% do capital da nova empresa e a chinesa, 49%. O investimento é de US$ 15 milhões.

A joint venture fará a importação e distribuição da carne na China.

“O mercado de carne bovina ganhou mais espaço na China por causa da melhora na distribuição de renda da população e a febre suína catalizou uma tendência de mercado”, disse o CEO da Minerva Foods, Fernando Queiroz, que está em Pequim para o ato.

Embraer e Azul

A Embraer e a Azul Linhas Aéreas firmaram um contrato de longo prazo para gestão da manutenção de componentes da frota de aeronaves E190 e E195, da primeira geração de jatos comerciais E-Jet, da companhia aérea brasileira.

Com o contrato, a Azul garantirá suporte a todos os aviões Embraer que opera, incluindo a nova frota de jatos E195-E2 que já estava incluída no programa de pool de serviços da fabricante de aeronaves. A companhia aérea tem pedido firme para um total de 51 aviões desse modelo e já indicou que poderá ampliar o pedido mais à frente.

A Embraer cobrirá mais de 300 componentes reparáveis por meio do portfólio TechCare e prestará suporte de engenharia a partir do centro de distribuição de peças em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos.

A Embraer presta serviços de suporte a mais de 50 companhias aéreas no mundo.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil comunicou o encerramento da oferta pública de distribuição secundária de 132.506.737 ações ordinárias, ao preço de R$ 44,05 por ação, num total de R$ 5,84 bilhões.

Gafisa

A Gafisa divulgou a aprovação da homologação da segunda etapa do aumento de capital. Nessa etapa, a captação chegou a R$ 272,7 milhões, com a subscrição da totalidade das ações disponíveis na operação.

Os recursos da capitalização já estão no caixa da Gafisa e serão destinados a novos projetos.

A empresa também vai criar o braço Gafisa Desenvolvimento Urbano em decorrência da venda de sua fatia restante de 21,2% na Alphaville Urbanismo para a gestora de private equity Pátria por R$ 100 milhões.

Renova

O conselho de administração da Renova Energia decidiu substituir o diretor-presidente, Cristiano Corrêa de Barros. Em seu lugar, assume Marcelo José Milliet.

Qualicorp

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou ontem uma proposta de conselheiros da Qualicorp para encerrar processo relacionado ao contrato para retenção do presidente executivo da empresa, José Seripieri Filho, conhecido como Júnior.

Cogna

A Cogna faturou R$ 408 milhões com a venda de livros no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do governo federal de 2020. A receita a ser registrada no terceiro trimestre será de R$ 20 milhões.

Klabin

O conselho de administração da Klabin elegeu Marcos Paulo Conde Ivo como diretor financeiro e relações com investidores.

B2W

O conselho de administração da B2W homologou o aumento de capital de R$ 2,5 bilhões aprovado pelo próprio colegiado em 19 de agosto. A operação foi realizada por meio de subscrição e integralização de 64.102.565 ações ordinárias, ao preço de R$ 39.

Balanços

Além da Petrobras, outras cinco empresas devem divulgar resultados hoje. Quatro delas programaram para após o fechamento do mercado — Vale, Fleury, Grendene e Lojas Renner. A Electro Aço Altona não divulgou horário.

Fonte: valor Investe

Programa de emprego focará em trabalhador mais velho e jovens

O novo programa do governo para incentivar a geração de empregos deve ter como focos jovens entre 18 e 29 anos em busca do primeiro emprego e pessoas acima de 55 anos com dificuldade para se reinserir no mercado de trabalho

O novo programa do governo para incentivar a geração de empregos deve ter como focos jovens entre 18 e 29 anos em busca do primeiro emprego e pessoas acima de 55 anos com dificuldade para se reinserir no mercado de trabalho, apurou o Estadão/Broadcast. Para essas vagas, a equipe econômica avalia reduzir os impostos que as empresas pagam sobre os salários e a parcela que as companhias precisam depositar nas contas do FGTS dos trabalhadores.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, em entrevista à Rádio Gaúcha, antecipou alguns detalhes do programa ainda em fase de elaboração. Segundo ele, a ideia é contemplar os jovens em busca do primeiro emprego e pessoas acima de 55 anos. Marinho não informou, porém, qual seria a faixa etária dos jovens.

Os parâmetros estão sendo definidos segundo o custo, já que a desoneração total da folha para esses empregos significa abrir mão de receitas (as empresas pagam 20% sobre os salários dos trabalhadores). Uma das ideias é usar os valores poupados com o pente-fino nos benefícios do INSS para fazer a compensação. Até setembro, o governo já havia economizado R$ 4,37 bilhões anuais com as revisões.

Em uma década, a expectativa é que as despesas sejam reduzidas em R$ 200 bilhões.O governo cogitou incluir trabalhadores com mais de 50 anos no programa, mas isso dificultaria ainda mais a compensação pelas perdas de receita, já que ampliaria o número de contemplados.

Também houve discussões para restringir o benefício às primeiras contratações de jovens de até 24 anos. A desoneração para as empresas que contratarem trabalhadores nessas duas faixas será total e englobará os encargos patronais pagos ao INSS, Sistema S, Incra e salário-educação.

No FGTS, o porcentual depositado na conta do trabalhador deve cair de 8% para 2% do salário. Está em avaliação a possibilidade de reduzir a multa sobre o valor depositado no fundo de garantia em caso de demissão sem justa causa, hoje de 40%.As companhias, porém, não poderão usar o programa para substituir contratos dos funcionários atuais (sobre os quais há recolhimento de tributos) e baratear o custo das empresas.

Fonte: Época Negócios

Empresas são condenadas na Justiça do Trabalho por fraude em terceirizações

Decisões reconhecem vínculo de emprego e determinam pagamento de indenização

Trabalhadores e Ministério Público do Trabalho (MPT) continuam a questionar na Justiça a terceirização. Os processos agora, porém, têm novo foco. Não discutem mais a prática, permitida por leis e por julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), mas eventuais fraudes cometidas por empresas.

Com as mudanças, o volume de processos sobre terceirização caiu pelo menos pela metade. Porém, as empresas ainda são condenadas. São obrigadas a reconhecer o vínculo de emprego de terceirizados e impedidas de continuar com a prática. Por meio de ações civis públicas, o MPT ainda tem obtido condenações por danos morais coletivos, que variam entre R$

“Antes as empresas tinham sua estrutura engessada. Hoje, podem terceirizar qualquer atividade. Mas não significa que podem tudo”, diz o advogado Edgar Tavares Dias, do Queiroz Lautensachlager Advogados.

As fraudes, em geral, são comprovadas nos casos em que há subordinação direta do empregado terceirizado com a tomadora de serviços ou quando a mão de obra é contratada para uma função e acaba exercendo outra. Ainda há situações em que fica provado que a prestadora de serviços não tem capacidade econômica compatível com o número de empregados – cara

“As empresas já não têm mais essas amarras da atividade-fim e se sentem mais à vontade para terceirizar mais. Porém, terceirizando a atividade-fim, a chance de ter a gestão direta desse trabalhador é enorme”, diz a advogada Juliana Bracks, do Bracks Advogados. Às vezes, acrescenta, o empregado e terceirizado trabalham lado a lado. “O risco da empre

Até a edição da Lei nº 13.429, que admitiu a terceirização, e da Lei nº 13.467, conhecida como reforma trabalhista, ambas de 2017, as empresas eram constantemente condenadas com base na Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que vedava a terceirização da atividade-fim (principal da empresa). As novas regras e a palavra final do Supre

O primeiro impacto foi uma redução considerável no número de processos. Na 2ª Região da Justiça do Trabalho, que abrange Grande São Paulo e Baixada Santista, foram distribuídos em agosto de 2016, antes das novas leis, cerca de 2,7 mil processos. No mesmo mês deste ano, foram 1.182.

No interior paulista (15ª Região), 15 meses antes da reforma trabalhista entrar em vigor (de setembro de 2016 a novembro de 2017) eram 28.257 novos processos. Já nos 15 meses posteriores (dezembro de 2017 a fevereiro de 2019), o volume caiu para 14.330.

Em Minas Gerais (3ª Região), foram recebidos 14.247 casos novos entre novembro de 2015 e novembro de 2017. Após a lei da reforma, até 31 de agosto deste ano, foram registrados 3.375.

A questão ainda continua a gerar processos, segundo o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, que atua no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo – 2ª Região, porque “a fraude não é acobertada” pela decisão do Supremo, que autoriza a terceirização de qualquer atividade. Fraudes, acrescenta, têm sido vistas em empresas de todos os port

Henrique Macedo, juiz da 13ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, lembra que os artigos 2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que caracterizam a relação de trabalho, ainda estão em vigor. “O requisito primordial para caracterizar a relação de emprego é a subordinação. Caracterizada no processo, não tenho como permitir a terceirização”,

As companhias devem tomar cuidados para que a contratação de uma empresa prestadora de serviços seja real e não fraudulenta, diz a presidente do TRT de Campinas (15ª Região), desembargadora Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes. “Não se constitua tão somente a compra da “mercadoria-trabalhador” mais barata, mas sim na efetiva prestação de s

O coordenador nacional de combate às fraudes nas relações de trabalho, procurador Tadeu Henrique Lopes da Cunha, afirma que o MPT tem atuado nos casos em que se verifica que os terceirizados são subordinados aos contratantes. Nesse caso, ficaria caracterizada a intermediação de mão de obra, apenas admitida para trabalho temporário, segundo a Lei nº

“O Supremo decidiu que pode-se terceirizar qualquer etapa da produção. Porém, deve-se transferir todo o controle para a empresa terceirizada, que deve executar o serviço de forma autônoma, com seu know how e direção dos empregados”, afirma o procurador.

Em um caso julgado recentemente pela 6ª Vara do Trabalho de Salvador, uma grande empresa do setor de celulose foi condenada a pagar danos morais coletivos no valor de R$ 2 milhões por danos morais coletivos por fraude na terceirização, além de ter que parar com a prática.

Segundo o processo (nº 0001194-61.2017.5.05.0006), a companhia contratou uma terceirizada para atuar no reflorestamento e empregados e terceirizados atuavam nas mesmas funções. Segundo decisão da juíza Marília Sacramento, “a intermediação de mão de obra, portanto, no presente caso, teve o nítido intento de transferir, de maneira fraudulenta e ilega

Uma empresa de monitoramento por satélite também foi condenada recentemente pelo TRT do Rio a pagar danos morais coletivos de R$ 100 mil, por ficar configurada a subordinação direta dos terceirizados (processo nº 0100217-39.2018.5.01.00 11). Em outra decisão, os desembargadores reconheceram o vínculo de emprego de uma analista fiscal com uma empres

O mesmo entendimento foi aplicado pelo TRT do Rio Grande do Sul em processo que envolve uma distribuidora de energia e um funcionário que tinha sido terceirizado para atuar na equipe de manutenção na área fabril (processo nº 0021282-12.2015.5.04.0203).

Há também decisões do TST. A 7ª Turma condenou uma distribuidora de energia a reconhecer o vínculo de emprego com uma funcionária terceirizada que atuava no teleatendimento ao cliente. Segundo o processo, ela trabalhava e fazia cursos e treinamentos nas dependências da empresa e respondia diretamente para seus funcionários. Para os ministros, ficou

Fonte: Valor Econômico

Especialista francês estranha que o governo brasileiro não tenham conseguido identificar até agora a origem do derrame de óleo no Nordeste

Já faz 18 anos que a Europa não registra um derramamento de óleo de grandes proporções – a última vez foi em 2002, quando 63 mil toneladas do petroleiro Prestige se espalharam pela costa atlântica de França, Espanha e Portugal. Apenas três anos antes, outra catástrofe ambiental, com o navio Erika, havia motivado a criação de uma agência europeia especializada no tratamento de poluição marítima, que implementou uma série de medidas de segurança para minimizar o impacto ambiental de acidentes desse tipo.

O objetivo é evitar que tragédias como o naufrágio do Amoco Cadiz, em 1978, se repitam. Até hoje, o acidente é considerado um dos maiores desastres ecológicos da história – mais de 270 toneladas de hidrocarbonetos foram despejadas ao longo 1.300 quilômetros a partir da Bretanha em direção ao sul. No percurso, 30% da fauna e 5% da flora marítima foram destruídos.

Desde então, a sensibilidade dos europeus ao tema só aumentou. Na última semana, o petróleo que se espalha pelo litoral nordestino há mais de um mês ganhou destaque na imprensa. Especialistas como Stéphane Doll, ex-militar da Marinha francesa e diretor do Centro de Documentação, Experimentações e Pesquisas sobre as Poluições Acidentais nas Águas (Cedre), da França, têm dificuldades de compreender por que as autoridades brasileiras demoraram tanto a agir para conter o óleo, que já contaminou 2.000 quilômetros de extensão.

“Tenho a impressão de que as autoridades estão concentradas em descobrir quem é. Na França, a prioridade é combater a poluição e limpar o ambiente, paralelamente a tentar descobrir de onde vem. O foco é recuperar o meio ambiente”, afirma o hidrógrafo.

Petróleo acumula dejetos no caminho

Quase 200 toneladas de petróleo cru foram recolhidas das praias nordestinas até terça-feira 15. Diante de uma quantidade tão elevada, Doll vê com estranheza o fato de que, até agora, as autoridades brasileiras não tenham conseguido identificar a origem do derrame.

Aves, tartarugas e golfinhos já foram encontrados mortos na região, cobertos de óleo. O especialista francês explica que a rapidez da atuação no mar é a regra número 1 para preservar a fauna e a flora marítima e costeira.

“É o mais importante. Quando você tem um litro de hidrocarbonetos e o deixa na água, muito rapidamente esse um litro vai se inchar de água e dobrar de volume. Se você reage muito rápido, o volume a limpar será bem menor”, nota Doll. “Quando esse um litro chega à praia, ele já será 10 vezes maior, portanto 10 vezes mais dejetos, porque terá se misturado à fauna, à flora, a algas e a outros dejetos.”

Com 40 anos de experiência e uma equipe pluridisciplinar que inclui engenheiros, técnicos, militares e pesquisadores, o Cedre é respeitado internacionalmente pela prevenção de catástrofes ambientais marítimas. A associação, com atuação permanente, foi aberta na sequência do acidente com o Amoco Cadiz.

Medidas de prevenção e de emergência

Anos depois, a agência europeia para a questão, EMSA, padronizou os procedimentos no bloco, com foco na prevenção. Os navios passaram a navegar mais afastados da costa e as tripulações são melhor formadas para reagir rápido aos imprevistos.

“O mais frequente é que, em caso de grande poluição marítima, vários países sejam atingidos. As últimas vezes na Europa foram o Erika, na França, e o Prestige, que se iniciou na França, mas desceu até a Espanha e Portugal”, relembra o ex-militar. “Além disso, um dos principais eixos de reação foi formar equipes de despoluição, para evitar que, no momento de limpar a praia, não seja feito algo ainda pior do que a poluição inicial.”

Stéphane Doll alerta, por exemplo, que o uso de escavadeiras para recolher o petróleo solidificado na areia tende a causar danos ainda maiores à flora litorânea do que o próprio petróleo. O trabalho, adverte, deve ser todo feito à mão.

Fonte: Carta Capital

Senado aprova PEC que prorroga para 2028 prazo de pagamento de precatórios em regime especial

O Senado aprovou nesta quarta-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estende para 2028 o prazo para que Estados, Distrito Federal e municípios paguem os precatórios –dívidas geradas por decisões judiciais– sob um regime especial de pagamento.

A PEC será agora analisada pela Câmara dos Deputados. O prazo atual para esse pagamento sob regime especial vence em 2024. O objetivo da proposta, segundo a Agência Senado, é aliviar a situação financeira dos entes federados.

O autor da PEC é o senador José Serra (PSDB-SP), que também foi o autor de uma proposta promulgada em 2017 que estabeleceu o prazo para 2024.

“A gravidade da crise fiscal impõe a necessidade de novo prazo”, defendeu Serra no plenário da Casa.

Fonte: Extra

Deputados vão definir nesta quinta-feira como será abertura de dados de gabinete

Plenário deve votar substitutivo com prazo de seis meses para adequação dos gabinetes

Voltará novamente à pauta da Alerj, na próxima quinta-feira, o projeto de resolução de Eliomar Coelho (Psol) para divulgação das faltas (com as justificativas) dos deputados. O texto recebeu emenda de Alexandre Freitas (Novo) para que sejam abertos os dados de gabinetes, com os nomes, cargos e salários dos servidores designados por cada parlamentar.

Depois de várias manobras e adiamentos da votação da proposta, nesta quinta-feira será votado o parecer da Mesa Diretora ao projeto e à sugestão de aditivo. Tudo indica que o plenário vai aprovar um texto substitutivo incluindo o prazo de seis meses para cada deputado divulgar no site da Alerj a lista dos cargos e assessores contratados por cada gabinete.

O foco da proposta de Eliomar é que seja dada transparência às atividades parlamentares. O projeto de resolução determina que cada deputado apresente e divulgue a justificativa da falta à sessão plenária.

“Demonstrar quando o deputado falta e, mais importante ainda, a justificativa da falta e se houve desconto no salário, é o básico da transparência”, defendeu o psolista, em declaração à Coluna no mês de maio.

Controvérsia

Mas foi a emenda de autoria do deputado do Novo que gerou ainda mais controvérsia na Casa. Agora, com as tratativas que os parlamentares estão fazendo nos bastidores, o projeto deve ser aprovado.

“Como a política é a arte do possível, articulamos com a Mesa Diretora e a presidência da Casa a redação de novo texto para a emenda, com o prazo de 180 dias para a implantação do sistema de divulgação. E estamos confiantes de que a maioria dos parlamentares vai votar a favor dessa maior prestação de contas ao cidadão fluminense”, disse Alexandre Freitas.

Fonte: O Dia

Pressão da Alerj derruba presidente do Detran-RJ

O processo de higienização do Detran-RJ alardeado pelo governador Wilson Witzel pode não ter durado mais do que oito meses. Esta é a percepção da própria cúpula da autarquia, diante da mudança no comando da estatal. A substituição do presidente do Detran-RJ, Luiz Carlos das Neves, desencadeou uma forte reação entre seus pares. No último fim de semana, praticamente toda a diretoria do órgão assinou uma carta conjunta, distribuída aos funcionários, repudiando a substituição de Neves (leia a íntegra abaixo). No comunicado, os dirigentes do Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro apontam que a saída de Neves se dá por pressão política da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Lembra ainda que as interferências da Alerj, “em um passado recente, colocaram o Detran-RJ nas páginas policiais, com prisões de diversos diretores e ex-presidentes.”

Desde janeiro, a gestão de Luiz Carlos das Neves se notabilizou pela reestruturação de diversas áreas do Detran-RJ, pela troca de funcionários em postos-chave e pelo desmonte de esquemas de corrupção em distintos departamentos. Nos primeiros seis meses, as mudanças geraram uma economia de aproximadamente R$ 250 milhões nos custos da estatal. O número de denúncias de corrupção na autarquia feitas por meio dos sistemas internos de fiscalização caiu 94% em relação ao primeiro semestre de 2018. Ao que tudo indica, a atual gestão do Detran-RJ pisou em algum calo alheio.

Segundo informações que circulam no próprio Detran-RJ, a dança das cadeiras envolverá outros cargos, com interferência direta de integrantes da Alerj. É o caso do deputado estadual Gustavo Tutuca (MDB). Fonte do próprio órgão ouvida por este blog aponta que o parlamentar já fez uma indicação para a Diretoria-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação, hoje ocupada por Hugo da Costa Silva. O deputado estadual carrega algumas nódoas em seu currículo. Em sua delação, Carlos Miranda, apontado como operador do ex-governador Sergio Cabral, denunciou um esquema de propina na Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado durante a gestão de Tutuca. Em 2014, a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (PRE/RJ) pediu a cassação da sua candidatura a deputado estadual por captação ilícita de votos e abuso de poder econômico. A Justiça, no entanto, não acatou o requerimento.

O blog apurou que Luiz Carlos das Neves foi chamado, na semana passada, ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio. Foram oferecidas a Neves duas funções na Casa Civil. Ele não aceitou e ontem mesmo escreveu sua carta de demissão. O mais cotado para assumir o comando do Detran-RJ é o atual vice-presidente Marcelo Bertolucci, que, por sinal, não assinou a carta de repúdio à saída de Neves.

A reação da diretoria do Detran-RJ se deve também ao processo de fritura de Luiz Carlos das Neves. Nos últimos dias, começaram a surgir na mídia questionamentos à atual gestão do órgão. Entre outras fragilidades aludidas, Neves não teria conseguido reduzir os casos de corrupção na ponta, leia-se os postos de atendimento e vistoria do Detran-RJ. Verdade ou não, foi para a sua conta.

CARTA ABERTA DA DIRETORIA COLEGIADA DO DETRAN-RJ

Considerando a reportagem veiculada no jornal Extra, pela jornalista Berenice Seara, a Diretoria do DETRAN-RJ, vem informar que não compactua com o teor trazido. Desde o início da gestão foram alcançados resultados positivos, constantemente veiculados na mídia, tais como economia em diversos contratos, redução do índice de reclamações dos atendimentos e, principalmente, redução do número de denúncias de corrupção nos postos, através da valorização do trabalho técnico com a nomeação dos servidores concursados para os cargos de chefia.

Externamos nossa profunda indignação com o retorno de indicações políticas, conforme sugerido na matéria, por meio de pedidos da Assembleia Legislativa. Tais indicações, em um passado recente, colocaram o DETRAN-RJ nas páginas policiais, com prisões de diversos diretores e ex-presidentes.



Dessa forma, caso seja confirmada essa decisão, os atuais servidores ocupantes dos cargos de direção, abaixo assinalados, comprometidos com a transparência e integridade com a qual a Autarquia vem sendo conduzida, pedem que seja reconsiderada tal medida.
Cabe ressaltar que este corpo de diretoria colegiada, que está junto ao Governo do Estado, enfrentando o desafio de virar o jogo de uma Autarquia marcada por um passado corrupto e entregue às vontades políticas da Assembleia Legislativa, informa que não pretende continuar nas atuais posições diante da sinalização de mudança na Presidência da Autarquia.

Atenciosamente,

Diretoria Colegiada do DETRAN-RJ.


ALEXANDRE BASTOS MATIOLLI

Diretor-Geral de Identificação Civil

BRUNA MOREIRA DURALDE IMBUZEIRO

Diretora-Geral de Registro de Veículos

CARLOS EGÍDIO PINTO QUEIROZ

Coordenador-Geral das JARIs

ELVIRA GOMES SANTOS ROCHA

Diretora-Geral de Apoio Operacional


EMERSON MAIA DO CARMO

Chefe de Gabinete

GABRIEL QUIRINO DOS SANTOS

Assessor-Chefe de Planejamento e Orçamento

HUGO DA COSTA SILVA

Diretor-Geral de Tecnologia da Informação e Comunicação

HUGO LEONAN AMARAL DA SILVA

Coordenador-Geral de Julgamento de Condutores e Controle de Infrações

JIVAGO DE ALMEIDA MORAES


Diretor-Geral de Habilitação

JOYCE PORTO MELO FERREIRA

Assessora-Chefe de Controle Interno

KRISTIANO DE SOUZA JOTTA

Corregedor

LAERCIO WILLIAM MELLO DA SILVA

Diretor-Geral de Administração Financeira e Orçamentária

TAINAH OLIVA ANDRADE

Coordenadora de Gestão de Pessoas

PEDRO CAMBEIRO CONDE MARTINEZ

Coordenador da Comissão Permanente de Licitação

GABRIEL EMERICK PESSANHA DOS SANTOS

Coordenador-Geral do Renavam

SÉRGIO HUNGRIA JÚNIOR

Coordenador-Geral de Integração de Serviços

Fonte: Jogo Sujo

Em meia hora, ministro e Bolsonaro se contradizem sobre privatizar Correios

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) deram declarações divergentes sobre a privatização dos Correios, na manhã desta terça-feira (6). As falas contrárias aconteceram em um intervalo de meia hora, em eventos diferentes.

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Brasil e Paraguai podem ter novo acordo sobre Itaipu em um mês, diz diretor brasileiro

Conversas entre Brasil e Paraguai para um novo acordo sobre a contratação da energia da hidrelétrica binacional de Itaipu começam nesta sexta-feira, disse à Reuters o diretor-geral brasileiro da usina, Joaquim Silva e Luna, que espera ser possível chegar a uma solução para o caso em um mês.

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Crivella é processado por uso pessoal da marca da prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), foi processado, por meio de ação popular, por suposto “uso da máquina pública para autopromoção”. De acordo com o autor da ação, o servidor municipal Fernando Lyra Reis –ele também encaminhou a denúncia que motivou o processo de impeachment contra Crivella, votado no mês passado–, o chefe do Executivo municipal tem substituído a logomarca da prefeitura pelo seu nome em anúncios de programas e obras feitos nas suas redes sociais (o que configura ilegalidade).

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