Inflação oficial sobe para 0,38% em julho, puxada pela gasolina

A inflação no mês de julho ficou em 0,38%, acima do índice de 0,21% registrado em junho. O resultado foi puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação do Banco Central (BC).

Continuar lendo

Em junho, o acumulado de 12 meses era de 4,23%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o IPCA soma 2,87%.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA apresentaram alta de preços na passagem de junho para julho. A maior pressão inflacionária ficou com o grupo transportes, que subiu 1,82% e representa impacto de 0,37 ponto percentual (p.p.). As informações são da Agência Brasil.

Transportes

Dentro dos transportes, o principal aumento veio da gasolina, que subiu 3,15% e representa individualmente o maior impacto dentre todos os produtos apurados (0,16 p.p).

Esse resultado foi influenciado pelo reajuste de 7,12%, anunciado pela Petrobras no dia 8 de julho.

As passagens aéreas ficaram 19,39% mais caras em julho, contribuindo com 0,11 p.p. do IPCA.

Segundo o gerente do IPCA, André Almeida, as férias escolares de julho favoreceram o aumento nos preços dos bilhetes de avião.

Habitação

O grupo habitação também pressionou o IPCA, com alta de 0,77%. A terceira maior influência individual para a aceleração da inflação em julho foi a tarifa de energia elétrica residencial – que faz parte do grupo habitação – e subiu 1,93%, representando impacto de 0,08 p.p.

“Passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kwh, ocasionando elevação de preços”, explica Almeida.

Em agosto, o governo anunciou a volta da bandeira verde, o que representa menos pressão na inflação do mês corrente.

Somadas, as inflações da gasolina, da passagem aérea e da energia elétrica representam 0,35%, enquanto o IPCA total do mês ficou em 0,38%.

Alimentos

O preço dos alimentos e bebidas caíram 1% em julho e deram o maior alívio para a inflação (-0,12 p.p.). Dentro do grupo, o item alimentação no domicílio apresentou recuo de preços (-1,51%) pela primeira vez em nove meses, quando acumularam expansão de 6,87%.

“É a maior queda desde agosto de 2017, quando a variação de alimentos e bebidas foi de -1,07%”, destaca Almeida. “O que ajuda explicar a queda em julho é a maior oferta de alimentos”, disse, citando a intensificação de safras de tubérculos, raízes e legumes.

As principais quedas foram do tomate (-31,24%), cenoura (-27,43%), cebola (-8,97%), batata inglesa (-7,48%) e das frutas (-2,84%).

Segundo André Almeida, não foi identificada pressão por problemas na produção de alimentos no Rio Grande do Sul, afetado por enchentes que prejudicaram a atividade agrícola do estado em maio.

O índice de difusão, que mede a parcela de produtos que registraram aumento de preços, ficou em 47%, ou seja, menos da metade dos 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE apresentou alta. É o menor patamar desde setembro de 2023. Em junho, o índice de difusão era de 52%.

A explicação do menor espalhamento está na queda dos preços dos alimentos. Observando apenas os itens alimentícios, a difusão caiu de 49% para 39% entre junho e julho.

“No mês de julho, podemos dizer que a inflação foi menos espalhada, porém, com maior impacto em produtos com grande peso na cesta de consumo, como a gasolina e energia elétrica”, analisa André Almeida.

Custo de vida

O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços é feita nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

A meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.

INPC

O IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que apura a inflação para as famílias com renda de até cinco salários mínimos. Em julho, o INPC ficou em 0,26%, estável em relação a junho (0,25%). O índice acumula alta de 2,95% no ano e de 4,06% em 12 meses.

Saiba Mais:

Cerca de 3,7 milhões de pessoas deixaram o CadÚnico desde o ano passado, afirma ministro

Desfazer

Ministério das Cidades atualiza faixas de renda familiar do Minha Casa, Minha Vida

Desfazer

Qual será o valor do salário mínimo em 2025?

Desfazer

Mais recente Próxima Governo libera verbas do FGTS para o Minha Casa, Minha Vida

A importância das vacinas para viajantes internacionais

A importância das vacinas para viajantes internacionais (Imunizantes essenciais para viagens internacionais que previnem doenças infecciosas em escala global. (Foto: Divulgação))

Viajar é uma das experiências mais enriquecedoras que podemos ter, mas também traz riscos à saúde que podem ser mitigados com a vacinação adequada. Com o aumento das viagens internacionais, a importância das vacinas tornou-se ainda mais crucial, tanto para a proteção individual quanto para a saúde pública global.

LEIA TAMBÉM: Quando falamos de turismo, o que vem em primeiro lugar o lazer ou a segurança?

Orientações sobre Vacinas Necessárias para Viajantes Internacionais

Antes de viajar, é crucial que os viajantes consultem locais de vacinação ou seus médicos para determinar quais vacinas são necessárias. A lista de imunizações pode variar dependendo do destino e das condições de saúde do viajante. Entre as vacinas comuns recomendadas estão:

Fernanda Mascarenhas, mentora em salas de vacinas, destaca: “A vacinação não apenas protege o viajante, mas também ajuda a prevenir surtos globais de doenças infecciosas. É uma responsabilidade coletiva que começa com cada indivíduo.”

Surtos de Doenças Evitáveis em Destinos Populares

Surtos recentes de coqueluche na União Europeia, por exemplo, destacam a importância da vacinação. Países como Filipinas, Romênia e Reino Unido têm enfrentado surtos significativos, muitas vezes exacerbados por viajantes não vacinados. O CDC recomenda que todos os viajantes verifiquem sua situação vacinal antes de viajar, garantindo que estejam protegidos contra doenças como coqueluche, caxumba e rubéola.

LEIA TAMBÉM: Lençóis Maranhenses e a força do ecoturismo brasileiro

“Não é apenas sobre proteger a si mesmo”, explica Mascarenhas. “Quando você se vacina, também protege as comunidades que visita e ajuda a prevenir a propagação de doenças para outros países.”

Benefícios Econômicos e de Saúde Pública

A vacinação também traz benefícios econômicos significativos. Países que exigem comprovação de vacinação ajudam a evitar surtos que poderiam sobrecarregar seus sistemas de saúde e causar impactos negativos no turismo. Além disso, um ambiente seguro e saudável atrai mais turistas, contribuindo para a economia local.

“Educação e acesso são fundamentais para aumentar a adesão às vacinas”, diz Mascarenhas. “Quando as pessoas entendem a importância da vacinação e têm fácil acesso às salas de vacinação, estamos todos mais seguros.”

Dicas para Viajantes

Para garantir que você esteja protegido durante suas viagens, aqui estão algumas dicas práticas:

Planeje com antecedência: Consulte um serviço de vacinação ou seu médico pelo menos 4 a 6 semanas antes da viagem para garantir que todas as vacinas necessárias sejam administradas a tempo.

Leve seus registros de vacinação: Mantenha uma cópia física e digital dos seus registros de vacinação. Isso pode ser crucial para a entrada em alguns países e para atendimento médico durante a viagem.

Consulte fontes confiáveis: Utilize recursos como o site do CDC e aplicativos de viagem para obter informações atualizadas sobre vacinas necessárias para o seu destino.

LEIA TAMBÉM: Minas Gerais marca presença no Salão do Turismo no Rio de Janeiro

A Contribuição da Vacinação para a Saúde Global

Além de proteger o viajante, a vacinação contribui significativamente para a saúde global. Ao evitar a propagação de doenças, ajudamos a manter comunidades inteiras seguras. “Cada vacina aplicada é um passo a mais para um mundo sem surtos de doenças evitáveis”, conclui Mascarenhas.

Então, ao planejar sua próxima viagem internacional, não deixe de incluir a vacinação na sua lista de preparativos. Além de proteger sua saúde, você estará desempenhando um papel crucial na promoção de um mundo mais seguro e saudável para todos.

Siga o @portaluaiturismo no Instagram e no TikTok @uai.turismo

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Caderneta de poupança tem saída líquida de R$ 908,622 milhões em julho

A caderneta de poupança registrou saída líquida de R$ 908,622 milhões em julho. De acordo com os dados, divulgados nesta quarta-feira (7/8) pelo Banco Central (BC), os brasileiros depositaram R$ 370,314 bilhões e sacaram R$ 371,223 bilhões da poupança no mês passado.

O rendimento no período foi de R$ 5,405 bilhões e o saldo da caderneta ficou em R$ 1,016 trilhão. A captação líquida — diferença entre entradas e saídas — foi positiva em R$ 12,756 bilhões. Em julho do ano passado, a modalidade teve captação líquida negativa em R$ 3,581 bilhões.

O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou saída líquida de R$ 2,859 bilhões, já a poupança rural teve entrada de R$ 1,950 bilhão. No acumulado do ano, a poupança acumula uma saída líquida de R$ 3,701 bilhões.

Atualmente, o rendimento da caderneta é de 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial). O percentual vale sempre que a taxa básica de juros figurar acima de 8,5% ao ano. No momento, a Selic está em 10,5% ao ano.

A aplicação vem perdendo recursos em série desde 2021, afetada por inflação elevada, endividamento das famílias e juros altos. Em 2022, o saldo foi negativo em R$ 103,237 bilhões, o pior ano na história da poupança. Em 2023 como um todo, a modalidade teve resgate de R$ 87,819 bilhões.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Em decisão unânime, CVM diz que Previ não pode votar separada do governo na Eletrobras

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de capitais, decidiu nesta terça-feira que a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, compõe o bloco do governo na Eletrobras e não pode votar em separado nas assembleias de acionistas da companhia, privatizada em 2022.

A votação do colegiado teve resultado unânime e fecha uma porta para uma alternativa do governo de ocupar mais espaços e ter mais poder na empresa antes mesmo de fechar um acordo com os acionistas privados, como vem sendo negociado em paralelo por determinação do Supremo Tribunal Federal.

Hoje o fundo de pensão do BB tem 0,33% das ações da Eletrobras. A União tem 40% das ações, mas, de acordo com as regras determinadas na privatização, só pode votar no conselho da companhia com até 10%.

Nas assembleias e reuniões de conselho, a participação da Previ é considerada pela direção da Eletrobras como parte do bloco do governo.

O fundo de pensão pediu à CVM que a liberasse para votar em separado, argumentando que o governo tem “influência significativa”, mas não o controle das decisões da entidade.

O pedido, porém, não foi aceito. De acordo com o parecer técnico encampado pela diretoria da CVM, “o Banco do Brasil tem predominância absoluta em todas as decisões do órgão máximo de governança da Previ – o Conselho Deliberativo – fruto do voto de qualidade do presidente do Conselho Deliberativo, indicado pelo Banco do Brasil, junto aos outros 50% dos membros do respectivo órgão”.

O parecer afirma ainda que “o Banco do Brasil tem predominância em absolutamente todos os níveis de decisão e governança da Previ, não cabendo qualquer decisão contrária por parte dos demais representantes administrativos”.

A decisão da CVM é definitiva e exclui do cardápio do governo uma alternativa que vinha sendo testada para driblar a limitação de voto na Eletrobras.

Embora a participação de 0,33% seja bem pequena, se a tese de que a Previ não é governo fosse adiante, poderia ter impacto não apenas na companhia de energia, mas em outras em que o fundo de pensão tem participação.

A Previ está em conselhos de algumas das maiores empresas do Brasil, como a Vale, a Vibria e o aeroporto de Guarulhos, por exemplo.

Procurada pela equipe da coluna, a direção do fundo afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria a decisão. Disse apenas que “em assembleias distintas, a Eletrobras considerou a Previ de formas diferentes. Primeiro, como não pertencente ao bloco de governo. Depois, como pertencente. Por isso a Previ solicitou à CVM a análise de como a entidade deveria ser enquadrada.”

Na Eletrobras, o governo negocia o aumento de suas cadeiras no conselho em troca de algumas mudanças nas obrigações que a empresa assumiu na privatização, como a antecipação de pagamentos de dívidas e a devolução das ações da Eletronuclear que ficaram com a Eletrobras.

Itamaraty demonstra mal-estar com carta de Edmundo González

0 seconds of 0 secondsVolume 45%

Press shift question mark to access a list of keyboard shortcuts

Atalhos de TecladoEnabledDisabled

Shortcuts Open/Close/ or ?

Reproduzir/PausarEspaço

Aumentar o Volume↑

Diminuir o Volume↓

Adiantar→

Retroceder←

Legendas Ativar/Desativarc

Tela Cheia/Sair da Tela Cheiaf

Desativar Som/Ativar Somm

Decrease Caption Size-

Increase Caption Size+ or =

Adiantar %0-9

0.5x1x1.25×1.5x2x

Ao Vivo

00:00

00:00

00:00

Parcelamento de débitos de municípios com o INSS entra na pauta do Senado

Na primeira sessão após a volta do recesso parlamentar, o Plenário do Senado pode votar nesta terça-feira (6/8) a proposta de emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que estabelece um novo prazo para o parcelamento das dívidas dos municípios com a Previdência Social.

A proposta do senador Jader Barbalho (MDB-PA) prevê o parcelamento dos débitos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com os regimes próprios de previdência municipais. Além do parcelamento em até 20 anos, o texto define um limite de 2% a 4% no orçamento das prefeituras para o pagamento de precatórios.

Esta será a quinta vez em que a proposta será discutida. A sessão deliberativa está agendada para as 14h e também incluirá dois outros itens na pauta. Por tratarem de mudanças na Constituição, o texto precisa receber ao menos 49 votos em dois turnos de votação.

A matéria foi relatada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), que ampliou o prazo para adesão ao novo parcelamento até 31 de julho de 2025. A data original era 31 de dezembro de 2023.

Os outros itens que constam na pauta são o projeto de lei (PL) 2.102/2019, que define critérios mínimos para a concessão do título de capital nacional, e o projeto de decreto legislativo (PDL) 385/2022, que ratifica o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos entre Brasil e Equador.

%MCEPASTEBIN%

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Arrecadação do ICMS cresce 11% e valor chega a R$ 1 bilhão em junho

O Distrito Federal arrecadou mais de R$ 1 bilhão em Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços (ICMS) no mês de junho de 2024. Segundo relatório da Secretaria de Estado de Economia (Seec), o montante é 11,9% superior ao recolhido em junho de 2023, quando a unidade da federação arrecadou R$ 823.755 com o imposto.

De acordo com a pasta, o ajuste inflacionário somado ao reforço nas ações de fiscalização de recursos sonegados afetaram positivamente as contas públicas. Para o titular da SEEC, Ney Ferraz, a arrecadação desse montante em ICMS impacta, sobretudo, o investimento em obras e o reforço do quadro de servidores do Governo do Distrito Federal (GDF).

“É um resultando importantíssimo para o GDF porque nos dá segurança de seguir com a expansão dos programas sociais, como os restaurantes comunitários, que têm um alto impacto nas contas públicas, mas são primordiais para o desenvolvimento da cidade”, avaliou Ney Ferraz, complementando que a “firmeza” no controle de gastos permite diversificar os investimentos do Estado.

“Observem que estamos tocando obras importantes – viadutos, hospitais e escolas – em todos os cantos e, só nesse ano, o governador Ibaneis já nomeou mais de 5,4 mil servidores concursados”, disse. “Todas nossas contas estão em dia, inclusive o reajuste dos servidores que pagamos neste mês”, ressaltou o secretário.

O subsecretário da Receita da Secretaria de Economia, Anderson B. Roepke, disse que desde janeiro a secretaria intensificou as ações dos auditores fiscais em estradas, depósitos e comércios. “Os resultados estão reverberando nas contas públicas porque a sensação de risco aumenta e, com isso, o recolhimento do imposto de forma espontânea cresce também”, explicou.

De janeiro a julho, a Seec realizou sete grandes operações de fiscalização, que resultaram na notificação de mais de R$ 354,9 milhões em créditos tributários (imposto e multas). “Estamos trabalhando para recuperar esses valores”, pontuou Anderson.

Os auditores fiscais já conseguiram recuperar mais de R$ 50 milhões em recursos sonegados. “Estamos focados em combater a sonegação e usamos tecnologia para identificar novas fraudes fiscais”, afirmou o coordenador de Fiscalização Tributária, Silvino Nogueira Filho. Ele acrescentou que a fiscalização está atenta aos sonegadores que trazem mercadorias irregulares para o DF, comprometendo a justiça tributária.

Com informações da Agência Brasília

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Centro do Rio tem 12 novos espaços culturais inaugurados em antigos casarões abandonados

Em meio às Olimpíadas de Paris, a moradora da cidade francesa, Karine Amiel, de 49 anos, desembarcou com a família no Rio, na última quarta-feira. Num primeiro passeio pelo Centro histórico, mais especificamente no Arco do Teles, ela, o marido e os dois filhos tiveram um gostinho de como é o carnaval da cidade. No Centro Carioca de Fotografia, a exposição “Alafiou Viradouro” mostrou, em fotos e com o samba-enredo como música ambiente, o desfile da campeã do carnaval 2024. O espaço recém-inaugurado é um dos contemplados pelo programa Reviver Centro Cultural, que hoje alcança a marca de 12 projetos em funcionamento.

Pela primeira vez no Rio, a família francesa fazia um tour pelo Centro para conhecer a cidade, com um guia de turismo. Na Travessa Comércio, enquanto observavam os sobrados antigos, eles encontraram a galeria aberta e foram atraídos pelas cores chamativas da fantasia exposta na vitrine.

— A exposição e as fotografias estão maravilhosas. É muito legal ver o trabalho dos artistas. Fiquei impressionada com as cores. Dá vontade de voltar para o Rio só para ver o carnaval. A gente vai voltar, com certeza — disse Karine.

Quem também passava por lá e teve a grata surpresa foi a professora de Direito Penal Thayla Conceição, de 33 anos. Ela trabalha num coworking na Rua Primeiro de Março e decidiu dar um pulo no Arco do Teles para saber se o espaço já estava aberto.

— Eu conhecia o trabalho da Renata pelas redes sociais. Ver de perto é muito legal. O espaço está incrível. Que diferença que faz passar aqui e ver essa ocupação artística! — relata Thayla, que ama carnaval e até desfilou com a Vila Isabel: — Já mandei fotos para vários amigos virem visitar. É muito legal poder ver as fotos depois dos desfiles com calma, no dia a gente não consegue ver direito.

Toda essa movimentação no Centro Carioca de Fotografia é recente. A idealizadora Renata Xavier inaugurou na semana passada, dia 26 de julho, com a exposição da Viradouro, com curadoria dela e do carnavalesco Tarcísio Zanon.

— Vem gente de tudo que é lugar do mundo, Espanha, Romênia, Rússia… Eu sou de Niterói e fotografo a Viradouro desde 2018. Neste ano, a escola ganhou, tínhamos um material de ouro e calhou com a abertura do espaço. Nossa proposta é fomentar a memória visual do Rio, a cultura, a cidade, o povo, e dar lugar aos cronistas visuais cariocas. Estou superanimada — conta Renata.

Fomento à ocupação dos sobrados

Lançado em janeiro do ano passado pela prefeitura, o programa Reviver Centro Cultural tem o objetivo de incentivar a reocupação do Centro do Rio, que sofreu um êxodo em massa de empresas depois da pandemia. O apoio a projetos culturais acompanha o incentivo às moradias no bairro, objetivo do programa Reviver Centro.

O município abriu inscrições para proprietários dos casarões participarem, e 39 endereços foram registrados. A prioridade foram as lojas de fachada e térreas, entre as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco e as ruas Primeiro de Março e da Assembleia, além de um trecho da Orla Conde. Depois, abriu inscrições para projetos artísticos e culturais. Os que são habilitados ficam responsáveis pela negociação do aluguel dos imóveis, e pela apresentação do contrato de locação junto à prefeitura.

Depois que assinam o contrato, para incentivar os novos ocupantes, a prefeitura paga reformas de até R$ 192 mil (mil reais por metro quadrado) e até R$ 14,4 mil mensais (R$ 75 por metro quadrado) para cobrir despesas como aluguel e conta de energia elétrica por, no máximo, quatro anos. Uma contrapartida é ficar pelo menos 30 meses no imóvel — tempo padrão para contratos de aluguel, que serão firmados diretamente entre os representantes dos projetos e os proprietários dos imóveis.

Ao todo, 43 projetos estão com contratos assinados, entre museus, espaços culturais e galerias. Desses, 12 já estão funcionando. Os critérios utilizados foram os de sustentabilidade financeira no longo prazo, a forma de ocupação, o nível de interação com o espaço público e a capacidade de operar em horários alternativos (à noite e nos fins de semana).

— A expectativa é de que todos estejam funcionando até, no máximo, o início do ano que vem. É importante levar atividades para o centro da cidade. O pessoal que toca os projetos conversa entre si, tem canais nas redes para promover atividades juntos. É uma nova comunidade cultural se formando — afirma Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio.

A Casa Tucum, no número 30 da Rua do Rosário, levou a cultura indígena de várias aldeias e etnias em um espaço cheio de referências, artesanato e decoração ancestral, que guia o visitante pela cultura dos povos originários do Brasil. Lá a programação vai de slam de poesia até oficinas de medicina tradicional e residências artísticas.

— Todo o mobiliário, por exemplo, foi feito a partir de uma imersão que fizemos na bacia hidrográfica do Xingu. A gente foi nas aldeias de Pataxó, em Paraty, na Aldeia Maracanã, aqui no Rio. A experiência da loja foi pensada para guiar o visitante a uma jornada pelas artes, joias e grafismo indígenas. Sempre com pessoas indígenas como protagonistas — afirma Amanda Scarparo.

Nesta sexta-feira, inaugura o 12º projeto contemplado pelo Reviver. É o Espaço Cultural Urbana Carioca, destinado à pesquisa e divulgação do patrimônio histórico e arquitetônico do Centro da cidade, e um espaço de debate sobre a evolução urbanística e social da região. O espaço oferece cursos gratuitos e pagos, área de exposições e debates, e uma sala de projetos voltada para mulheres estudantes de arquitetura.

— O Rio tem muitos bens protegidos e tombados. O Centro é uma área de grande relevância para o patrimônio nacional. Queremos colocar isso em evidência e reunir pessoas que queiram conversar e debates sobre os aspectos históricos, culturais, políticos, arquitetônicos e urbanistas do Centro do Rio — conta Diego Lacerda, produtor cultural e idealizador do projeto, que oferece o primeiro curso gratuito no próximo dia 10, das 9h às 16h, de Arqueologia e restauração de obras de arte. As inscrições para as 25 vagas estão abertas.

Projetos em funcionamento

Arrecife Rio – Rua do Rosário, 61, loja A

Centro Carioca de Fotografia – Travessa do Comércio, 11

QueeRIOca – Travessa do Comércio, 16

Casa Tucum – Rua do Rosário, 30

Galeria Refresco – Rua do Rosário 26/28

MetaGallery Dao – Rua da Assembleia, 40

IBORU – Rua Sete de Setembro, 43 Loja B

Cará – Rua Sete de Setembro, 43 Loja A

Ginga Tropical – Rua da Alfândega, 19

Casa de Cultura Volta do Mundo – Rua do Rosário, 24

Abapirá – Projeto Janelas – Rua do Mecado, 45

Urbana Carioca – Praça XV, 34

Projetos que ainda irão inaugurar

Museu da Caricatura Brasileira – Rua Primeiro de Março, 22

Diário do Rio de Cultura – Travessa do Comércio, 2 a 6

Casa Proeza – Rua do Ouvidor, 26

Instituto Vida em Equilíbrio – Rua da Quitanda, 87

Teatro do Mar – Rua Sete de Setembro, 63.

Casa Carnaval – Rua do Mercado, 37

Museu do Café – Rua do Ouvidor, 28

Instituto Brasileiro de Legados, Heranças e Acervos Culturais – Rua Primeiro de Março, 26

Junta Local – Rua do Mercado, 35

Espaço Orbe – Rua Primeiro de Março, 19

Casa Nah Linha – Rua do Rosário, 61, loja B

Escola da Diversão – Rua dos Mercadores, 8, Loja A

Companhia Espaço Descalços – Rua Primeiro de Março, 12

Casa do Pandeiro – Travessa do Ouvidor, 36

Companhia Urbana de Dança – Rua Primeiro de Março, 23

Museu do Grafitti – Rua Primeiro de Março, 39

Escola do Absurdo – Rua da Quitanda, 68

Emex Dance Studio – Rua Buenos Aires, 30

Calma Centro – Espaço Trauma – Rua do Carmo, 58

Casa Amo Cordel – Rua Buenos Aires, 47

Amarathi – Rua da Quitanda, 109

Academia Brasileira de Artes Carnavalescas – Travessa do Ouvidor, 9

Rio Café Comedy Club – Rua Buenos Aires, 53

Projeto Diversidade – Rua do Rosário, 114

Espaço Mistura Gente – Rua da Alfândega, 50

Livraria Autografia – Rua do Rosário, 78

Shinjuku (NAU) – Travessa do Ouvidor, 10

Projeto Redoma – Rua Buenos Aires, 59

Espaço Quitanda 23 – Rua da Quitanda, 23

Projeto Cultura Incessante – Rua Primeiro de Março, 21, Loja A

Coopa Roca – Rua da Quitanda, 50

Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio

Inscrever

Veja quais são as novas obras do PAC no Rio: BRT, VLT e prevenção contra enchentes

De VLT em Niterói a controle de alagamentos de ruas, passando pela expansão do BRT Transbrasil. Os projetos foram incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, anunciado pelo governo federal semana passada e que prevê recursos para 41 ações focadas em prevenção de desastres e mobilidade urbana no Estado do Rio.

O Novo PAC prevê um investimento total de R$ 1,7 trilhão em todo o país. O Estado do Rio abocanhou a maior fatia: R$ 342,6 bilhões, considerando recursos públicos, privados e de financiamentos. Dentro do eixo de Prevenção a Desastres, as obras de contenções de encostas, previstas desde o primeiro PAC, avançaram 51% em Teresópolis. Em Nova Friburgo, apenas 13%. Na Zona Norte, 14% das previstas já foram feitas.

Em habitação, estavam citadas 20.458 unidades habitacionais do projeto Minha Casa Minha Vida, sendo 8.030 delas em obras a serem retomadas para conclusão e 12.428 novas. Desse total, 2.424 foram entregues desde o ano passado.

Já as obras do PAC Seleções somam investimentos de R$ 3,8 bilhões para 36 municípios fluminenses. Para a primeira malha de VLT de Niterói, ligando o Barreto ao Centro, foram destinados R$ 450 milhões. Na lista também está o antigo Projeto Iguaçu, que promete diminuir os alagamentos em cidades da Baixada. O entorno do Rio Acari, na Zona Norte, e o Jardim Maravilha, em Guaratiba, na Zona Oeste da capital, que enfrentam inundações em dias de chuva, também fazem parte do novo pacote.

No caso do BRT Transbrasil, o PAC mais recente prevê a elaboração de projeto para levar o corredor de Deodoro até Santa Cruz, mas não as obras. Já para a Bacia do Rio Quitandinha, muito vulnerável a alagamentos, há R$ 100 milhões incluídos no programa. E, para melhorias na Rodovia Teresópolis-Fribrurgo, a verba destinada é menor: R$ 817 mil, segundo o DER-RJ.

O que acaba de entrar no programa

VLT de Niterói. O Veículo Leve sobre Trilhos vai ligar o Barreto ao Centro. Terá cinco quilômetros e nove estações,

Transbrasil. Os recursos do PAC são para a elaboração do projeto para levar o corredor de Deodoro até Santa Cruz. Não estão incluídas obras.

Alagamentos. Devem ser feitos o projeto executivo e a primeira etapa de obras na bacia do Rio Quitandinha, informa a prefeitura de Petrópolis. Serão construídos sete reservatórios de amortecimento de cheias ao longo do rio, com capacidade de três a seis milhões de litros cada. Ainda para combater cheias, o programa prevê recursos para o Projeto Iguaçu, na Baixada Fluminense, e para o entorno do Rio Acari e do Jardim Maravilha (Guaratiba), na capital.

Teresópolis-Friburgo. Conforme o DER, com a verba do PAC serão iniciadas ações para melhorar a rede de drenagem, recompor guarda-corpos de ponte, recuperar meios-fios e fazer o recapeamento da estrada.

Mais recente Próxima Na Olimpíada Internacional de Matemática, Nilópolis tem bronze duplo

Celina Leão assina regularização de áreas no DF

As Ordens de Serviço que autorizam a licença de regularização ambiental do Assentamento Santarém, no Sol Nascente/Pôr do Sol, e de autorização da licença de parcelamento de solo no Setor Habitacional Tororó, no Jardim Botânico, foram assinadas, na manhã deste domingo (14/7), pela governadora em exercício, Celina Leão (PP).

Aguardado há 10 anos, o documento de regularização ambiental do Assentamento Santarém vai beneficiar 28 famílias, permitindo que produtores rurais procurem financiamentos e participem de programas institucionais de venda. Além disso, será possível a construção de infraestruturas importantes para a produção rural na região e a regularização de lotes.

Segundo Celina, a licença é um avanço no processo de regularização fundiária do governo atual — em parceria com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que executa as políticas de meio ambiente e recursos hídricos do DF, já foram entregues mais de 400 títulos de regulamentação.

“Sem esses títulos, você não consegue financiamento, não consegue trazer o desenvolvimento para a área rural, trazer as tecnologias e os investimentos necessários”, explicou Celina durante a cerimônia de assinatura. “A gente sabe que, quando uma pessoa é assentada, ela quer ter o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e da Secretaria de Agricultura, ter acesso a semente para plantar, ter um técnico agrícola aqui para explicar como é o processo de produção, e é isso que nós estamos fazendo”, afirmou.

Após a assinatura da regularização, Celina seguiu para o Jardim Botânico, para a autorização da licença de parcelamento de solo do Setor Habitacional Tororó. “Isso é uma coisa inédita. É um bairro inteiro com uma regularização super importante, com uma condição de regularidade no Ibram”, apontou a governadora em exercício.

O documento permite que todos os projetos de condomínios da área sejam realizados conforme as leis ambientais. “Hoje a gente vira uma chave muito importante. Nós estamos dando a um bairro inteiro uma licença ambiental, e evitando a dificuldade diária do Ibram de todos os dias — uma ocupação de forma desordenada que não deixa a área de preservação ambiental, e que depois não é possível regularizar, porque temos que cumprir as legislações. Então quando você dá uma licença para um bairro todo, você trilha e traça diretrizes e eu tenho certeza que é isso que os empreendimentos vão fazer aqui nessa área”, defendeu.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Receba notícias no WhatsApp

Receba notícias no Telegram

Alta nos preços de petiscos e ‘fast food’ faz empresas repensarem estratégias

Seis dólares, o equivalente a R$ 32, é muito caro por um pacote de Ruffles? Após quase três anos de aumentos de preços, sinais de que os consumidores chegaram ao limite para desembolar a quantia estão começando a surgir.

Na quinta-feira, a gigante de alimentos e bebidas PepsiCo relatou uma queda de 0,5% nas receitas no segundo trimestre em seu negócio de biscoitos Frito-Lay — equivalente à Elma Chips — em relação aos níveis do ano anterior, resultado de uma queda de 4% nos volumes de vendas na categoria.

Em uma conferência de resultados, os executivos da PepsiCo foram bombardeados com perguntas de analistas acerca do preço de alguns de seus biscoitos mais populares, como os chips de tortilha Tostitos e as batatas fritas Ruffles: eles simplesmente não se tornaram caros demais?

Os executivos reconheceram que alguns consumidores estão se tornando cada vez mais conscientes dos preços, com famílias de todas as faixas de renda buscando preços mais baixos.

— Há claramente um consumidor que está mais desafiado. E um consumidor que nos diz que, em partes específicas de nosso portfólio, eles querem mais valor para permanecer com nossas marcas — disse o CEO da PepsiCo, Ramon Laguarta.

Para fazer com que mais pessoas comprem os produtos, a PepsiCo disse que pretendia reduzir os preços ou oferecer mais promoções em certos biscoitos e outros produtos.

— Há algum valor a ser devolvido aos consumidores após três ou quatro anos de muita inflação — disse Laguarta.

A PepsiCo não é a única empresa de alimentos e bebidas enfrentando dificuldades com consumidores que mudaram seus hábitos de compra nos últimos meses. À medida que os preços das commodities e da mão-de-obra dispararam nos últimos anos, empresas de alimentos e bebidas, bem como restaurantes, responderam aumentando os preços de forma constante.

Agora, no entanto, alguns consumidores estão no limite, comprando menos ou optando por marcas mais baratas de supermercados.

A inflação, especialmente dos alimentos, provavelmente será um tópico quente nas eleições presidenciais deste ano. Na quinta-feira, o governo relatou que o índice de preços ao consumidor geral moderou para 3% em junho, em base anual, abaixo dos 3,3% de maio e significativamente reduzido do pico de 9,1% em 2022.

Mas o custo dos alimentos em supermercados e restaurantes é substancialmente mais alto do que há quatro anos, embora os preços tenham moderado nos últimos meses.

Os preços elevados dos alimentos não são apenas consequência do aumento das despesas com commodities e mão de obra, mas também de fabricantes de alimentos, varejistas e cadeias de restaurantes tentando satisfazer investidores, incluindo fundos de pensão estaduais e outros. Preços mais altos aumentam as margens de lucro e pagam bilhões de dólares em dividendos e recompras de ações.

Agora, no entanto, à medida que os volumes das empresas de alimentos e o tráfego de alguns restaurantes começam a diminuir, fabricantes e cadeias de alimentos estão começando a considerar a redução de preços ou ofertas de promoções para atrair os consumidores de volta.

No final de junho, o McDonald’s começou a oferecer uma refeição de valor de US$ 5 (cerca de R$ 27) por um período limitado de um mês. A rede de supermercados americana Whole Foods disse que reduziu os preços de um quarto dos produtos em suas lojas. E a varejista Target disse que planejava cortar preços neste verão em cinco mil “produtos do dia a dia”, incluindo leite, pão e fraldas.

No geral, a PepsiCo disse que as receitas cresceram cerca de 1% no trimestre encerrado em 15 de junho, para US$ 22,5 bilhões (cerca de R$122 bi), e que o lucro líquido aumentou 10,4%, para quase US$ 3,1 bilhões (cerca de R$ 16,8 bi), em relação ao ano anterior. Mas uma análise mais profunda de alguns dos números revelou fraqueza em muitos dos negócios norte-americanos da empresa.

A Quaker, marca de barras de café da manhã e lanches, relatou uma queda acentuada de 18% nas receitas e uma queda de 34% no lucro operacional, devido em grande parte a um recall de alimentos que começou no final do ano passado envolvendo possível contaminação por salmonela de produtos alimentícios fabricados em uma fábrica de Danville, Illinois. Em abril, a PepsiCo decidiu fechar permanentemente a unidade.

Mas os analistas em uma teleconferência com executivos da PepsiCo na manhã de quinta-feira estavam mais focados no negócio de biscoitos.

A definição de uma estratégia de preços que reflita o que os consumidores estão dispostos a gastar, e o que não estão, ajudará a reverter a queda em muitos dos setores da empresa, disse Laguarta aos analistas.

— Você vê comportamentos diferentes acontecendo em todos os lugares. A linha de conexão seria: o consumidor está mais cauteloso. Mas ele está disposto a gastar em áreas onde vê valor — disse Laguarta.